[Resenha] A culpa é das estrelas - John Green

Livro: A culpa é das estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 283 
Classificação: 5/5 (favorito)
Comprar: Saraiva

Minha Opinião:

Hazel Grace recebeu o diagnóstico do câncer de tireoide com metástase nos pulmões aos 13 anos, e aos 16 ainda é considerada uma paciente terminal - mesmo que seu tumor tenha encolhido, graças ao remédio Falanxifor.

Seguindo a recomendação de sua mãe e seu médico - ambos afirmando que ela sofria de depressão - ela decide frequentar o Grupo de Apoio a Crianças com Câncer.
As reuniões - descritas como "megadeprimentes" pela própria Hazel -  começam a ficar interessantes, quando um lindo garoto aparece. Augustus Waters tem osteossarcoma, sem sinal de atividade há mais de um ano.
" - Vai chegar um dia - eu disse - em que todos vamos estar mortos (...). Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido. (pág. 19)
" A dor precisa ser sentida" (pág.58)
" - Eu sou tipo. Tipo. Sou tipo uma granada, mãe. Eu sou uma granada e, em algum momento, vou explodir, e gostaria de diminuir a quantidade de vítimas, tá?" (pág. 95)
" Existe uma quantidade infinita de números entre o 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter." (pág. 235)
Quem é você, Alasca?, foi o primeiro livro do autor que eu li, e se tornou uma das leituras mais marcantes do ano de 2011. A culpa é das estrelas conseguiu superar todas as minhas expectativas, que já eram enormes por conta de toda a divulgação em torno do livro.
Meu conselho para os leitores que irão ler algum dos dois livros é: prepare-se, porque certamente John Green te fará chorar.

Como todos já sabem, esta é uma história que fala sobre o câncer, e falar sobre uma doença devastadora não é tarefa simples. O autor precisa ter bastante tato para abordar o assunto, sem tornar a história demasiadamente melancólica. Green consegue fazer isso com maestria.

O livro é narrado em primeira pessoa, por Hazel. Embora seja uma paciente terminal, em nenhum momento seu discurso beira a autopiedade. Ela não faz o gênero "coitadinha", muito pelo contrário, tudo que Hazel quer é ser vista como uma adolescente comum, e não como uma vítima do câncer, digna de pena. Sua força é sua característica mais notável.
Por fora ela é uma adolescente comum - exceto pelo cilindro de oxigênio que precisa carregar para todos os lados, auxiliando na respiração, já que seus pulmões não realizam esse trabalho perfeitamente - que faz piadinhas, assiste as suas séries preferidas e possue um livro preferido.
Gostei da maneira como ela lida bem, até demais, com a sua doença.  Hazel é uma excelente narradora. Impossível não se identificar com a passagem em que Hazel deseja descobrir o final de seu livro preferido, que acaba em aberto.

Assim que conhece Augustus, ambos compartilham a paixão pelo livro Uma Aflição Imperial.
Gus é sarcástico sem ser irritante, inteligente sem ser pretensioso, e extremamente conquistador. Ele visita o Grupo para acompanhar seu amigo Isaac, já que seu câncer está em remissão.
O romance dos dois é cercado de uma doçura sem igual, totalmente diferente do que encontrei no livro Quem é você, Alasca?

Por abordar o câncer dos personagens, é óbvio que tem passagens que me emocionaram muito e me fizeram chorar compulsivamente. John Green achou o tom certo em seu romance: triste, belo, comovente, porém, sem ser depressivo.
Diferente de outros leitores que gostariam de guardar a história para si, meu desejo no final da leitura era comprar um exemplar e sair distribuindo para todas as pessoas. Esse é o típico livro, que dá vontade de compartilhar com o mundo inteiro.
Por fim deixo um dos quotes preferidos:
"Estou em guerra contra o quê? O meu câncer. E o que é o meu câncer? Meu câncer sou eu. Eles são feitos de mim tanto quanto meu cérebro e meu coração são feitos de mim. É uma guerra civil, Hazel Grace, a gente já sabe quem vai vencer."

[Resenha] O Prisioneiro do Céu - Carlos Ruiz Zafón

Livro: O Prisioneiro do Céu
Autor: Carlos Ruiz Záfon
Editora: Suma de Letras
Número de páginas: 246
Classificação: 4/5

Minha Opinião:

Daniel Sempere e seu amigo Férmin, os protagonistas de A sombra do vento, retornam neste romance que leva à resolução do enigma que se esconde no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.

É véspera de natal, quando um estranho visitante aparece na livraria de Sempere. Ele escolhe o livro mais caro da livraria, e deixa um bilhete endereçado a Férmin, ameaçando revelar a verdade sobre o passado dele.
Férmin que está prestes a casar, fica abalado ao saber do bilhete e resolve contar a Daniel toda a verdade sobre o seu passado.
"O futuro não se deseja, se merece." (pág. 96)

Não li os outros livros do autor, e talvez por este motivo tenha me perdido um pouco nas referências aos outros livros. Apesar de ser uma continuação, os livros não precisam ser necessariamente lidos na ordem, embora seja melhor lê-los em ordem.
A narrativa em primeira e terceira pessoa me fisgaram na primeira página e não consegui largar o livro até terminar e saber a resolução do mistério que rondava o passado de Férmin.

Na primeira parte temos a narração feita por Daniel, que trabalha com o pai na livraria da família. Após receber a visita de um estranho, ele sai em busca de respostas para o bilhete deixado por Férmin.
Férmin, por sua vez, decidi abrir o jogo ao amigo, e contar todo o seu passado, e a partir daí temos a narração em terceira pessoa, revelando a vida de Férmin na prisão.

A narração de Zafón envolve por completo e nos transporta para a linda cidade Barcelona. Os personagens são tão bem construídos, que ao terminar a leitura senti falta de cada um, especialmente de Férmin, que sempre tinha tiradas de humor sarcástico para todas as ocasiões.
A amizade entre Daniel e Férmin é o ponto alto do livro.  Foi emocionante acompanhar as tentativas de Daniel em ajudar o amigo a recuperar seu nome para poder se casar.
O final deixa um gostinho de quero mais, e fica um gancho para uma provável continuação. Super recomendado.

[Lançamentos] Editora Martin Claret

 O paulistano Antonio de Alcântara Machado se destacou no movimento modernista quando publicou sua série de contos reunidos no livro Brás, Bexiga e Barra Funda (1927). Seus contos são muito elogiados pela crítica e retratam com humor e exatidão a vida na São Paulo da década de 1920.
Brás, Bexiga e Barra Funda é composta por 11 contos que nasceram da experiência do autor como jornalista e são recheados do linguajar típico das notícias. Os três bairros paulistanos que dão nome ao livro retratam a influência e a integração dos imigrantes italianos na cidade de São Paulo.
Esta edição reúne também os 12 contos de Laranja da China (1928). Fruto de uma paródia do Hino Nacional muito popular na época de Alcântara Machado, “Laranja da China” é uma expressão que dá o tom humorístico e nacionalista aos contos, todos eles pincelados de humor e linguagem coloquial.
 

José de Alencar é um dos maiores representantes da ficção romântica nacional e um dos fundadores de uma literatura brasileira autônoma de Portugal.
Em seus romances urbanos A Viuvinha (1860) e Encarnação (1893), Alencar presenteia o leitor com histórias de amor, paixões, ciúmes, heróis e heroínas, apresentando os costumes, comportamentos e interesses da sociedade carioca na época do Segundo Império.
Caracterizados pelos preceitos medievais de revelação e conversão cristãs, e de amor e honra heroicos, os romances deste volume possuem importantes valores do Romantismo universal: o culto ao eu, o idealismo, o pessimismo e a melancolia.

Escrito em 1509 e publicado em 1511, Elogio da loucura é considerado um dos mais importantes livros da civilização ocidental e um grande influenciador da Reforma Protestante.
Neste ensaio singular, repleto de alusões clássicas, escritas no estilo típico dos humanistas do Renascimento – em que a loucura é a narradora que ao longo do texto vai mostrando o quanto está presente no mundo dos homens e que, no fundo, é quem torna a vida mais branda e suportável –, Erasmo critica o ensino da Escolástica, os falsos sábios distanciados da vida simples, a suntuosidade do alto clero em contraste com os ensinamentos de Cristo, a hipocrisia das instituições humanas e as guerras.
Uma das grandes obras do Renascimento, Elogio da loucura influenciou o processo das profundas transformações que marcaram o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.


Considerado o pai da fábula moderna, La Fontaine tornou-se conhecido internacionalmente com suas criações inspiradas na tradição clássica e oriental.
Fábulas é sua obra mais famosa. Escrita em versos, com uma linguagem simples e atraente que conquista imediatamente seus leitores, inclui histórias mundialmente conhecidas, como A cigarra e a formiga, O corvo e a raposa e A lebre e a tartaruga. 
La Fontaine trata de temas universais, como a vaidade, a estupidez e o vício humanos, retratados por meio dos animais. Segundo ele, sua obra “é uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.
Esta edição é uma antologia de suas mais importantes composições, traduzidas por célebres escritores brasileiros e portugueses, com ilustrações de Grandville.

 Mahatma Gandhi (1958), escrito pelo filósofo e educador Huberto Rohden, é um marco importantíssimo na cultura brasileira.
Rohden foi um dos primeiros a trazer para o Brasil a biografia espiritual do imortal líder, místico e político indiano.
Gandhi é um fenômeno de incrível força cósmica. Sua mensagem de não violência é a mais revolucionária estratégia social, política e religiosa dos nossos tempos.
A obra, fartamente ilustrada, contém uma série de fatos interessantes, descrevendo a trajetória de Gandhi: seus estudos, sua vida pessoal, suas ações como líder do movimento de independência da Índia, sua vida espiritual e sua influência para a humanidade.

Leviatã (1651) é a mais importante criação de Thomas Hobbes e considerada por muitos sua obra-prima.
A filosofia de Hobbes, especialmente sua teoria a respeito da origem contratual do Estado, exerceu profunda influência no pensamento de Rousseau, Kant e dos enciclopedistas. Além disso, contribuiu para preparar, no plano ideológico, o advento da Revolução Francesa.
Partidário do absolutismo político, defende-o sem recorrer à noção do “direito divino”.
Segundo o filósofo, a primeira lei natural do homem é a da autopreservação, que o induz a impor-se sobre os demais – “guerra de todos contra todos”. Leviatã é, sem dúvida, leitura obrigatória para os interessados em filosofia.

 Mark Twain é considerado um dos maiores escritores norte-americanos. Durante sua vida, foi uma testemunha ocular da história de seu país, assistindo às muitas mudanças que a jovem nação enfrentava. Em meio a conflitos internos, ao crescimento da população, à escravidão e à expansão da indústria, Twain retratou a realidade dos Estados Unidos de forma abrangente – seja com uma prosa leve ou com ácidas críticas sociais.
O Príncipe e o Mendigo (1880) narra as aventuras de dois meninos fisicamente idênticos, que ao trocarem de lugar enfrentam realidades totalmente diferentes. Voltado ao público infantil, mescla, com qualidade, uma narrativa leve e juvenil com uma crítica à exploração das classes pobres. 

Essa é a origem de Pinóquio, até que Mestre Cereja o descobre e faz dele um boneco de madeira. Mas Pinóquio não fica exatamente satisfeito, quer ser um menino.
Mas à parte a história que todos conhecem, visto que imortalizada pelos estúdios Disney, a versão original de Pinóquio é muito diferente. Recheada de um humor tipicamente italiano e de ironia mordaz, a história de Carlo Collodi retrata a dureza e crueldade da vida. Pinóquio passa uma série de dificuldades para aprender a ser um bom menino. Sua vaidade, sua ingenuidade e seu egoísmo são postos em xeque para que ele possa efetivamente transformar-se.
Pinóquio é um clássico de todos os tempos, no qual magia, humor e fantasia se misturam e encantam todos os tipos de leitores. 
 
O detetive Sherlock Holmes e seu fiel amigo dr. Watson retornam em mais uma série de mistérios, assassinatos, pistas e perseguições em O cão dos Baskerville.
Considerada uma das melhores aventuras do detetive, a obra foi originalmente impressa em partes, publicadas pela revista Strand Magazine de agosto de 1901 a abril de 1902, quando, no mesmo ano, foi lançada em formato de livro.
O mistério a ser solucionado envolve a morte de Sir Charles Baskerville e um cão fantasmagórico que aterroriza os moradores da mansão Baskerville Hall.
O cão dos Baskerville possui uma história eletrizante que se tornou um clássico da literatura policial e promete prender a atenção do leitor a cada virada de página. 

[Resenha] Minha vida agora - Meg Rosoff

Livro: Minha vida agora
Autora: Meg Rosoff
Editora: Galera Record
Número de páginas: 175
Classificação: 4/5

Minha Opinião:

Elizabeth - que prefere ser chamada de Daisy - deixa Nova York para viver no interior da Inglaterra com uma tia e quatro primos desconhecidos.
Em Londres, Daisy irá experimentar a liberdade ao lado dos primos, o caos da guerra, o primeiro amor e o valor de uma amizade.
" Acho que havia uma guerra acontecendo em algum lugar do mundo naquela noite mas não era uma guerra que podia nos afetar"

Minha vida agora me pegou desprevenida. A história é simples, mas profundamente instigante e emocionante. Se eu duvidava que um livro com poucas páginas pudesse conter um enredo grandioso, este livro acabou com toda e qualquer descrença.
O livro é narrado em primeira pessoa, por Daisy, de 15 anos. Em muitas vezes me senti lendo um diário. Ela narra seus pensamentos íntimos e observações sinceras, de forma eloquente, muitas vezes sem respeitar pontuações e inserindo letras maiúsculas no meio da frase para enfatizar algum ponto. Os diálogos são escassos, mas isso não faz a menor falta, uma vez que estamos presos na narração corrida e inteligente de tirar o fôlego.

Os personagens estão longe de representar a perfeição. Daisy guarda um grande rancor de seu pai, por terem enviado a única filha para viver em um outro país em tempos de guerra.
Apesar da idade, Daisy é inteligente e perpicaz, mas sem ser forçado ou parecer uma mente adulta no corpo de uma adolescente.
Seus primos possuem peculiaridades que os diferem, e nos fazem acreditar que eles são reais: Isaac fala com os animais, Piper e seus irmãos vivem em harmonia com a natureza e Edmond pode ler os pensamentos das pessoas. Osbert é o primo mais velho, que faz o papel de adulto quando sua mãe Penn, fica presa em outro país por culpa da guerra. Piper, a única garota, logo se apega a Daisy, e as duas vivem uma amizade muito bonita. 
Edmond não faz a linha de um adolescente normal de 14 anos. Ele fuma e dirige mesmo sem possuir habilitação. Quando a guerra estoura, os sentimentos de Daisy por Edmond transbordam e os dois vivem um amor às escondidas. Apesar de achar precoce, passei a leitura inteira torcendo por este romance.

A guerra funciona como o pano de fundo para o desenrolar da história. A guerra parece não afetar a vida dos cinco primos, embora os afete diretamente. Minha vida agora é uma contradição de sentimentos, de como a mente pode bloquear a violência e a preocupação que a guerra traz para o mundo. Qual o impacto que a guerra exerce sobre a mente adolescente?
No final temos um salto de 6 anos, e me surpreendi ao encontrar uma Daisy mais madura, onde até seu modo de escrever muda bruscamente.
Um livro que nos mostra a importância da amizade em um mundo caótico. Brilhantemente escrito, sensível e fascinante. Altamente recomendado

[Lançamentos Julho] Galera Record

Oie. Hoje trago os lançamentos de julho da Galera Record. Vamos conferir:



As 17 cores do branco
Luiz Raul Machado
Ano: 2012
Páginas: 136
ISBN: 978-85-01-09448-3
Preço: R$ 32,90

Sinopse:

Um patchwork de idéias, costuradas habilmente com o fio delicado da literatura. Luiz Raul Machado reúne nesses contos, quase crônicas, todas as dimensões e texturas  do branco. São histórias, maduras literariamente, ligadas pela contradição inerente ao branco: será mesmo invisível? Ou a soma de todas as cores? O branco que marca, desbota, magoa ganha contraste nesses pequenos extratos do cotidiano. Traz emoções, que desfilam em páginas, brancas. Repletas de possibilidades, carregadas de palavras.



 Círculo Secreto - A prisioneira - vol. 2
L. J. Smith
Ano: 2012
Páginas: 240
ISBN: 978-85-01-09627-2
Preço: R$ 29,90

Sinopse:  Círculo secreto combina horror, fantasia e romance. O livro explora o feminino e misterioso secreto mundo das bruxas e feiticeiras, e promete repetir o sucesso quase onipresente de seus livros de vampiro. Em A prisioneira, Cassie está sendo chantageada para roubar a poderosa Caveira de Cristal, capaz de liberar uma força maligna em New Salem. A chantagem fará com que se envolva cada vez mais em uma rede de intrigas e corrupção. E chega o momento de Cassie escolher entre preservar o poder em mãos seguras ou evitar que seu romance secreto seja exposto.



Espiãs também se enganam
Ally Carter
Ano: 2012
Série: Garotas Gallagher
Páginas: 288
Preço: R$ 32,90

Sinopse: Em Garotas Gallagher, as meninas mais espertas do mundo aprendem técnicas secretas de espionagem com professores altamente treinados. Desta vez, Cammie Morgan, filha da diretora, vai para Boston visitar sua companheira de quarto, Macey. O motivo é uma grande comemoração: o pai de Macey seria nomeado vice-presidente. Só que a celebração acaba não acontecendo. Elas se envolvem em um sequestro e, somente se utilizarem suas técnicas espiãs, conseguirão sobreviver.


 As nove vidas de Chloe King
Liz Braswell
Ano: 2012
Páginas: 224
ISBN: 978-85-0109788-0
Preço: R$ 29,90

Sinopse: Chloe King parece uma adolescente normal. Vai à escola, discute com mãe e se apaixona. Mas perto de seu aniversário de 16 anos, ela desconfia que pode não ser assim tão comum. A visão noturna, os reflexos super-rápidos e as garras são algumas das pistas... Ao descobrir o que é — e de onde vem — ela logo percebe que não está sozinha. Alguém quer pegá-la. A qualquer custo. Ela tem nove vidas. Mas serão o bastante?


Um conto de fadas em Manhattan
Elisa Puricelli Guerra
Ano: 2012
Páginas: 312
ISBN: 978-85-0108839-0
Preço: R$ 34,90

Sinopse: Manhattan é um lugar especial onde bruxas são esteticistas, ogros excepcionais detetives, fadas madrinhas excelentes estilistas e agências de emprego oferecem ótimas colocações a princesas, meias-irmãs e madrastas. Olivia, de onze anos, tem uma fada madrinha, mas esta perdeu a memória e não se lembra dos dons que lhe concedeu. Como se não bastasse, o Grande Livro dos Nomes e dos Dons, onde as fadas registram os dons dos afilhados, foi roubado e, se não for recuperado dentro de três dias desaparecerá para sempre! Olivia embarca em uma missão acompanhada por ogros e outros seres para encontrar o livro e descobrir o seu dom e se ela também é uma princesa.

[Resenha] Branca de neve e o caçador

Livro: Branca de neve e o caçador
Autores: Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock e Hossein Amini
Número de páginas: 208
Classificação: 5/5

Minha opinião:

Rei Magnus tem em suas mãos um grande reino para cuidar, com ajuda do Duque Hammond. O rei já tinha vivenciado uma perda irreparável, de sua amada esposa e sozinho criou sua filha, Branca de neve. Após alguns anos, com opressão a algumas aldeias, Rei Magnus encontra Ravenna, uma fugitiva e sente algo diferente por ela, um sentimento quase igual ou até maior ao que sentiu com sua esposa, o qual até então nunca havia mais sentido. O Rei então a traz para seu castelo, casando rapidamente com Ravenna, pela sua grande paixão por ela, mas o rei não esperava ser traído por quem mais amava naquele momento. Branca de Neve permanece no reino, mas cativa em seu próprio lar. Após dez anos, Branca de Neve consegue finalmente fugir e inicia um período difícil em sua vida, o da fuga. Encontra muitas dificuldades, principalmente quando adentra a uma floresta que ninguém jamais entrou e saiu vivo. Finn e Ravenna sua vez, intimam o caçador, o único que pisou na floresta e conseguiu sair com vida. Seria o fim das esperanças de Branca de neve?

Costumo sempre me familiarizar com livros começando em primeira pessoa, mas Branca de neve me surpreendeu, com sua leitura rápida e objetiva.
Já crescemos escutando tantas histórias de conto de fadas, mas uma adaptação como essa, abrange bem mais além da nossa imaginação. Branca de neve é simplesmente mágico, nem preciso dizer meus personagens preferidos ali. O caçador com seu jeito meio bruto, porém um coração tão disposto a amar ao mesmo tempo. William, filho do Duque Hammond não tem um destaque como todos esperavam, ao menos eu pensei que teria. Teimei em ler o livro antes de ver o filme, pois se eu deixasse para depois, sei que não leria por pura preguiça. O livro seguiu tão fielmente ao filme, mudaram pouquíssimas coisas, Finn irmão de Ravenna, no livro é mais novo e mais apresentável, já no filme beleza é o que falta. Sem palavras para o livro, li em questão de dois dias. Não dá pra ler um capítulo sem que o outro já te deixe com aquela ansiedade pra saber o que vai acontecer em seguida. Literalmente excedeu minhas expectativas, tenho certeza que irão gostar dessa grande aventura! Beijos

[Sorteio] Livro Resposta Certa

Olá leitores.
Hoje tem mais uma super promo em parceria com a Editora Intrínseca, do livro Resposta Certa, do meu autor queridinho David Nicholls.
Você pode conferir a resenha aqui.
Quer conhecer a Resposta Certa?? então é só seguir as regras básicas e preencher o formulário, que é super simples...Boa sorte

Regras Básicas:
1- Seguir o blog pelo GFC
2- Preencher o formulário


a Rafflecopter giveaway

E a vencedora foi:


[Resenha] O Torreão - Jennifer Egan

Livro: O Torreão
Autora: Jennifer Egan
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 238
Classificação: 3,5/5

Minha Opinião:


Danny, de 36 anos, recebe uma passagem só de ida para o castelo de seu primo Howie.
Howie possui um ambicioso plano de transformar o castelo em um hotel de luxo, que servirá como uma espécie de retiro para os hóspedes.

Ao chegar em um país que ele nem mesmo sabe o nome, Danny só consegue pensar em obter uma conexão wi-fi e se "conectar" com o mundo. Carregando sua inseparável antena parabólica, ele se surpreeende com a estrutura antiga do local.
No torreão do castelo, Danny irá conhecer a inóspita Baronesa, que fará de tudo para manter qualquer intruso longe de seu castelo.
"Tudo de que precisava era um telefone celular, ou de acesso à internet, ou das duas coisas ao mesmo tempo, ou mesmo só um plano para ir embora de onde quer que ele estivesse e ir para outro lugar muito, muito longe." (pág.68)
Este é o primeiro livro que eu leio da autora, vencedora do Pulitzer de Ficção 2011, com seu livro A visita cruel do tempo. 
A história é narrada em terceira pessoa, intercalando com a narração em primeira pessoa de Ray, um presidiário que faz aulas de escrita na prisão.
O começo foi um tanto confuso, já que alguns diálogos não vinham destacados por travessões.
A caracterização de Danny não funcionou ao meu ver. Para um nova iorquino fissurado em tecnologia, e que não sabia viver sem um celular, o fato de usar batom e as tentativas de soar sarcástico, me pareceram forçadas. No geral achei que o personagem ficou bastante caricato.
Danny não soou descolado o bastante, como o seu currículo dizia: um ex- produtor de uma boate de bissexuais, com um ás de espadas tatuado na bunda.

O castelo e todo clima gótico, prometidos nos comentários estampados na contracapa, ficaram devendo. Nenhum acontecimento assustador ocorreu. A baronesa, que eu achava ser o ponto alto de toda a história, não causou medo.
É inegável o talento da autora em mesclar diversas histórias e conectá-las no fim, envolvendo completamente o leitor, porém, até o final do livro eu esperava que uma reviravolta mudasse tudo, e infelizmente não foi como eu esperava.

A verdade é que a narração de Ray e sua rotina na prisão, me envolveram muito mais do que toda a história do castelo.
No último capítulo, temos o capítulo narrado por Holly, a professora de Ray, e é justamente onde a história toda se encaixa.
O que mais me decepcionou, foi a falta de esclarecimentos no fim do livro. Afinal a baronesa existia, ou era um produto da imaginação de Danny? Howie consegue transformar o castelo em um hotel? Qual o destino do prisioneiro Ray? Muitas outras coisas ficaram em aberto, mas seria um baita spoiler se eu enumerasse.
Sem um grande mistério que caracteriza-se a obra, O Torreão ficou abaixo da minha expectativa. Pretendo ler a outra obra de Egan, para formar uma opinião mais concreta sobre a escrita da autora.

[Resenha] Desejos dos mortos - Kimberly Derting

Livro: Desejos dos mortos - livro #2
Autora: Kimberly Derting
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 286 
Classificação: 2,5/5

Minha Opinião:

Violet possui um estranho dom secreto: ela sente os ecos dos mortos, vítimas de assassinato.
Antes de ser seu namorado, Jay era seu melhor amigo, e por isso ela sempre recorria a ele em casos de pergio, mas agora que são um casal Violet se sente estranha em pedir ajuda, com medo que isso afete o relacionamento de ambos e com medo de deixar Jay preocupado.

Dois novos alunos chegam na escola: Mike e sua irmã Megan, e Jay começa imediatamente uma amizade com o garoto, deixando Violet com ciúmes da amizade. Enquanto isso, ela recebe um bilhete ameaçador, e decide investigar quem o enviou.


Desejo dos mortos é a continuação da antes triologia, agora série, Ecos da Morte. Infelizmente a série não conseguiu seguir o mesmo ritmo do primeiro livro.
Kimberly dá maior ênfase ao romance de Jay e Violet - que passa por uma fase turbulenta - e acaba deixando o thriller em segundo plano.
Novos personagens são inseridos na história, mas nem isso foi suficiente para sustentar a trama. A história do começo ao fim foi bastante previsível e ao contrário do primeiro livro, onde a narração em terceira pessoa se intercalava com a narração em primeira pessoa do assassino, tornando assim o livro assustador, aqui no segundo volume temos apenas a visão em terceira pessoa.

Nem o romance de Violet e Jay salva. Não consigo entender a tamanha dependência que ela sente dele, e o ciúme bobo que ela sentia da amizade dele com Mike.
Jay continua o garoto fofo que toda garota sonha em ter, e que não imagina o poder atrativo de sua beleza. Achei que a autora exagerou um pouco na dose, visto que em todo lugar que o Jay aparece, milhares de garotas rastejam aos pés dele e se esforçam para serem notadas. Ou o Jay é um Ian Somerhalder da vida, ou as meninas da cidade nunca viram um homem bonito.
E toda a beleza de Jay, desperta a atenção de uma menina, que morre de ciúmes de Violet e faz de tudo para ameaçá-la.
Para complicar ainda mais a vida de Violet, uma suposta agente do FBI fica em sua cola, dando a entender que conhece o seu estranho dom.

Os personagens parecem que não amadureceram, especialmente Violet, que tinha cada atitude infantil e ciumenta, e vivia correndo perigo a toa.
O único momento em que eu pensei que a história iria alavancar e começar a ficar interessante, foi quando Rafe, um estranho garoto que vivia ao lado da agente do FBI, aparece. Ao que tudo indica ele possui o mesmo dom de Violet, e eu estou torcendo para que a autora apimente a história, formando um triângulo amoroso.

Se no primeiro livro eu senti um verdadeiro frio na espinha enquanto a resolução do mistério se aproximava, em Desejos dos mortos senti até sono. Uma morte em si nem foi explicada, o que me irritou profundamente, já que as mortes do primeiro livro foram super elaboradas e o desfecho digno de um verdadeiro thriller.
Do jeito que terminou, não tenho certeza se irei continuar conferindo a série. Derting tinha potencial para tornar o segundo livro tão bom quanto o primeiro, porém, o ritmo arrastado e a trama simples deixou a desejar. Resta esperar que o terceiro volume nos reserve alguma surpresa.

[Divulgação] Alessandro Mendonça na Bienal

Olá leitores.
A bienal de São Paulo está chegando, e pra quem vai dar uma passadinha por lá, não esqueçam de conferir o estande onde o autor do livro Era uma vez 1986, Alessandro Mendonça, estará autografando seu livro.
Dia: 10 de agosto, às 18:30 no Estande da Ed. Novo Século - Rua H-70

[Resenha] Caminhos de Sangue - Moira Young

Livro: Caminhos de Sangue ( Dustlands: Livro 1)
Autora: Moira Young
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 352
Classificação: 4/5

Minha Opinião:

Saba e seu irmão gêmeo Lugh são inseparáveis. Depois que sua mãe morre no parto de sua irmã mais nova Emmi, seu pai parece perdido, não se importando com nada. Eles vivem na Lagoa de Prata, mesmo após o solo ter secado quase por completo, e as tempestades de areia asolarem a terra desértica.
Para Saba, nem a aridez e a miséria do lugar, parecem incomodar desde que seu irmão esteja por perto. Eles sempre estão juntos e é isso o que importa.

Mas após uma violenta tempestade de areia, um grupo de homens encapuzados aparecem em sua casa, e levam seu irmão como prisioneiro.
Disposta a qualquer esforço para encontrar o irmão, Saba irá atravessar todo o deserto para rever Lugh novamente, seu coração de ouro.

" Já ouviu falar da regra de três?, ele grita enquanto a gente corre.
Não!
Se você salvar a vida de alguém três vezes, a vida dessa pessoa é sua. Você salvou a minha vida hoje. Salva ela mais duas vezes e eu sou todo seu.
Vou ter que garantir que isso num aconteça, falo." (pág.171)
Sempre que pego uma distopia pra ler não me arrependo, e Caminhos de Sangue não decepcionou.
A príncipio o que mais me chamou atenção, é a forma como o livro é narrado. Não temos travessão iniciando os diálogos, e faltam pontuações, mas após as dez primeiras páginas eu já estava completamente familiarizada com o estilo.

Não posso negar que levou um tempo para me acostumar com a linguagem utilizada. Estranhei ler tantos "fazeno" "olhano" "trabalhano" e "num acredito", mas conforme a leitura foi avançado entendi o propósito de Moira ao utilizar uma gramática tão pobre. Saba foi criada apenas pelos pais, longe de qualquer livro ou estudo, tendo apenas a comunicação com seu irmão, pai e irmã para se guiar, sendo assim creio que a autora quis utilizar uma fonética diferenciada, para melhor caracterizar a falta de estudo e a simplicidade dos personagens. Eu achei fantástico.

O livro tem sido comparado com Jogos Vorazes, e já teve seus direitos de adaptação cinematográficos adquiridos por Ridley Scott (só por isso, já dá pra sentir o potencial que temos em mãos).  Não vou comparar as obras, mas se você é fã de Jogos Vorazes, certamente irá desfrutar de Caminhos de Sangue.

A heroína Saba, assim como Katniss, não é uma personagem fácil de se amar. Saba pode parecer fria, distante emocionalmente e muito, mas muito teimosa, porém, o que a diferencia é a sua sinceridade e honestidade. Ela não esconde seus sentimentos, e nem mascara suas intenções, ela é aquilo e pronto. E nada mais me agrada do que uma personagem forte.
Todo amor fraternal e sua obsessão em encontrar o irmão me conquistaram. Nada como dois irmãos protegendo um ao outro para derreter de vez meu coração. O modo como ela tratava sua irmãzinha Emmi é revoltante em algumas partes, mas esse comportamento se modifica ao longo do livro, e o crescimento da personagem colabora para uma maior identificação.
Emmi, apesar de ter apenas 9 anos, foi em muitos momentos a sensação da história. A cada reviravolta, ela assumia um papel importante, e eu me afeiçoeei pela garotinha teimosa e muito esperta.

Eu gostei de todos personagens, sem exceção. Eles foram muito bem desenvolvidos, e cada um tinha uma personalidade bem diferenciada.
E o que falar de Jack? Ah Jack. Ele é engraçado e sarcástico - sem parecer forçado - e seu envolvimento com Saba é bem introduzido e nada meloso. O grande foco do livro não é o romance, mas os diálogos entre Saba e Jack (que sempre se provocavam) me deixavam com um sorrissinho bobo no rosto, e eu virara as páginas frenéticamente querendo mais. Parafraseando Stephenie Meyer: Querido Peeta, adoro você, mas vou passar o fim de semana com o Jack. Desculpe. Com amor, Jacqueline.
"Não. É por você. Você. Ele dá dois passos na minha direção. Você tá no meu sangue, Saba. Na minha cabeça. Você tá na minha respiração, nos meus ossos...Que Deus me ajude, você tá em toda parte. Desde o primeiro momento que pus os olhos em você." (pág.347)
A obra tem tudo para agradar aos fãs de uma distopia pós-apocaliptica: jaulas de combate, lutas, cenas de fuga, minhocas gigantes, surpresas e reviravoltas  de viciar e não querer largar até terminar.
O que deixou a desejar foi a narração de algumas cenas de ação. Algumas ficaram bastante corridas, e não dava pra sentir o gostinho das lutas.
Apesar de ser o primeiro livro de uma trilogia, o livro tem começo, meio e fim satisfatórios, que é claro, deixa um gancho do que está por vir nos próximos volumes (mal posso esperar para conferir).

A diagramação deu um toque super original e característico ao livro, que traz um corvo no início de cada capítulo e também na divisão dos textos. Eu estava super curiosa para saber o significado do corvo, e me surpreendi ao saber nas primeiras páginas que ele era o "animal de estimação" da Saba, o Nero (fiquei desejando ter um corvo companheiro e esperto só pra mim rs).
Uma história original e absolutamente recomendada.

[Resenha] Resposta Certa - David Nicholls

Livro: Resposta Certa
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 342
Classificação: 5/5

Minha Opinião:

Brian Jackson sempre teve boas notas na escola, e sua dedicação aos estudos garantem um passaporte para a faculdade, onde irá cursar Literatura Inglesa. O maior sonho de Brian é participar do Desafio Universitário, um programa de TV, onde uma equipe com quatro estudantes de uma Universidade se enfrentam em um jogo de perguntas e respostas sobre conhecimentos gerais.

Fã de Kate Bush e inexperiente com os assuntos do coração, Brian se apaixona perdidamente pela sua colega de equipe Alice Harbinson. Para conquistar a garota dos seus sonhos, ele decide vencer o desafio, acreditando que as mulheres estão em busca de homens dotados de conhecimentos gerais.

" Mas, como meu pai costumava dizer, o crucial da educação são as oportunidades que ela traz, as portas que abre. Porque, sem isso, o conhecimento em si é um beco sem saída, especialmente na minha atual posição, numa quarta-feira à tarde de um fim de setembro, numa fábrica de torradeiras." (pág.11e 12)
Impossível falar de David Nicholls, sem citar o livro Um dia, seu best-seller de maior sucesso. Se em Um dia, David conseguiu me levar às lágrimas com a maior facilidade, em Resposta Certa me fez chorar de tanto dar risada. Ficou comprovada a versatilidade do autor em passear do drama à comédia, onde os diálogos inteligentes e os personagens marcantes, são o único traço que eu posso comparar entre as duas obras, que conquistaram por completo mais uma fã.

O livro é narrado em primeira pessoa, pelo protagonista Brian Jackson. Nunca encontrei um personagem tão atrapalhado em suas intenções, e sincero em suas opiniões, de modo que todas as suas tentativas de ser levado a sério - seja em um diálogo ou em um encontro -, acabavam sendo frustadas. Orfão de pai, e extremamente ligado aos amigos do colegial, Brian vê em sua ida para a Universidade, uma oportunidade de crescer e se tornar o adulto que deseja ser, mas isso pode não ser uma tarefa fácil.
Quando seu caminho se cruza com o da linda e cobiçada Alice, ele não esconde que está perdidamente apaixonado, e que faria de tudo para levar adiante uma relação que no mínimo parece improvável. Alice, uma riquinha com uma vida, digamos desfrutável, vive dando corda para as tentativas de Brian.

O maior trunfo da história está no protagonista, justamente em seu  jeito despojado, e porque não dizer fofo. Com um ar de nerd e tiradas de humor, que geralmente saem pela culatra, Brian nos arranca risada, seja na sua narração do corte de cabelo ou no jantar com Alice, onde faz mentalmente o cálculo de cada item pedido, com medo de que seu dinheiro não seja suficiente para arcar com a conta.
Algumas cenas em si caem no gênero comédia pastelão, mas nada exagerado ou que que torne o livro caricato. Se prepare para sofrer uma verdadeira "vergonha alheia" por Brian.
Todos os personagens são bem trabalhados e assumem uma posição de destaque na história. Minha preferida é Rebecca Epstein, uma estudante de direito que milita pela causa socialista, e adora provocar Brian com suas discussões sobre política.

David recria perfeitamente os ritos de passagem que um jovem vive ao entrar para uma faculdade: as constantes festas, as tentativas de fazer amizades e as paixões platônicas. A atmosfera dos anos 1985 só conferiu um charme adicional a narrativa.
Interessante observar que no início de cada capítulo temos uma pergunta e resposta, no estilo do Desafio Universitário, e a pergunta acaba tendo alguma relação com o assunto que será abordado no capítulo.
Não posso deixar de citar também a maravilhosa trilha sonora que embala os momentos de Brian: de Get Up (I feel like being a sex machine) a Perfect Skin, temos uma lista que faz jus aos anos 80.

Deliciosamente divertido, inteligente e sensível em alguns momentos, Resposta Certa explora as expectativas e a realidade do primeiro ano na faculdade.
Uma ótima leitura para quem deseja explorar a  reminiscência do sexo masculino.

[Lançamentos Julho] Editora Intrínseca

Preparados para os lançamentos de julho?? Sei que a maioria está ansiosa pelo lançamento A culpa é das estrelas (Jonh Green), assim como eu, que li um livro do autor (Quem é você, Alasca?) e me apaixonei pela sensibilidade de sua narrativa. Mas se preparem ainda mais, pois os lançamentos de julho da Intrínseca estão de fazer qualquer bookhoalic surtar. Vamos conferir:


10/7 A culpa é das estrelas, de John Green – Com humor, doçura e melancolia, John Green — um dos escritores norte-americano mais queridos pelo público e festejado pela crítica, premiado com a Printz Medal, o Printz Honor da American Library Association e com o Edgar Award — narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer. Hazel é uma jovem de dezesseis anos cujo câncer terminal entrou em remissão graças a uma nova droga. Augustus Waters tem dezesete e foi jogador de basquete até perder uma perna para o osteossarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer — suas principais armas contra a doença que abrevia seus dias.
Leia o primeiro capítulo. 

20/07 — Predestinados, de Josephine Angelini – Helen Hamilton passou a vida inteira tentando disfarçar o fato de que é uma garota diferente, mas agora isso está cada vez mais difícil. Não apenas por causa de sua força sobre-humana ou porque às vezes pessoas estranhas a atacam sem motivo, mas também porque ela teme que esteja perdendo juízo. Um impulso incontrolável passa a dominar seus pensamentos: Helen quer matar Lucas, um dos rapazes da misteriosa família Delos. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem, ela percebe que a relação dos dois está submetida não só à sua vontade, mas a forças e tradições ancestrais.

27/7 Óculos, aparelho e rock’n’roll, de Meg Haston Super-rigorosa e cheia de estilo, Kacey Simon dita as tendências na escola Marquette, sempre acompanhada pelas garotas mais bonitas e populares — ela tem até seu próprio programa de TV no canal do colégio. Tudo vai muito bem até que uma indesejada reforma em seu visual (com óculos fundo de garrafa e aparelhos) a faz despencar na pirâmide social.
 

14/7 O segundo suspiro: a história real que inspirou o filme Intocáveis, de Phelippe Pozzo Di Borgo – A inesperada amizade entre um aristocrata francês, tetraplégico após um acidente de parapente, e seu acompanhante, um ex-presidiário argelino, se transformou em um best-seller mundial e no filme Intocáveis — a produção francesa mais assistida de todos os tempos. A história real é narrada com sensibilidade e ironia pelo próprio Phillippe Pozzo Di Borgo, ex-executivo da casa de champanhe Pomery que redescobriu o apetite pela vida ao conhecer o aventureiro, e temperamental, Abdel Sellou. A adaptação chega aos cinemas nacionais em 31 de agosto.
Leia o primeiro capítulo. 

16/7 Tão mais bonita, de Cara Hoffman – Eleito pelo The New York Times Book Review como o melhor livro de suspense de 2011, Tão mais bonita revela como a atmosfera de paranoia pode se propagar rapidamente em uma cidade outrora tranquila. Na estreia literária de Cara de Hoffman, Stacy Flynn é uma repórter recém-chegada à pequena cidade de Haeden, no estado de Nova York. Seu objetivo é reconstruir os passos de Wendy White, uma mulher doce e caseira que foi vítima de assassinato.
Leia o primeiro capítulo. 

21/7 – Os deixados para trás, Tom Perrotta – Habilidoso crítico do cotidiano, especialmente o dos subúrbios norte-americanos, o escritor e roteirista Tom Perrotta provoca: o que aconteceria se, de repente, sem nenhuma explicação, pessoas simplesmente desaparecessem, sumissem no ar? E como os que ficaram para trás retomariam suas vidas e relacionamentos após essa “Partida Repentina”? Essa é a premissa de Os deixados para trás, alçado pela crítica norte-americana como o romance mais maduro da carreira do autor — que incluí seis livros publicados e a indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado por Pecados íntimos, protagonizado por Kate Winslet.
Leia o primeiro capítulo. 

27/7 – Invisíveis, de Stef Penney – Quando Rose Janko desaparece, seu pai contrata um detetive para encontrá-la. No entanto, a investigação é dificultada pelas únicas pessoas que poderiam ajudar: a família Janko. Trata-se de um clã de ciganos nômades, e a última coisa que desejam é um estranho se metendo em seus assuntos particulares. Mas por que não querem que Rose seja encontrada?

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