[Resenha] The Walking Dead - A ascensão do Governador

Livro: The Walling Dead - A ascensão do Governador
Autor: Robert Kirkman e Jay Bonasinga
Editora: Galera Record
Número de páginas: 360
Classificação: 5/5 (favorito)

Resenha:
"(...) Por aqui, não é dos mortos que você tem que ter medo... É dos vivos." (pág.320)
          Philip Blake é um viúvo com uma filha quando tudo o que ele conhece como ‘mundo’ muda. Junto com sua filha Penny, seu irmão Bryan Blake e seus amigos ...
           
Só existe uma palavra pra descrever o livro: indescritível. Terminei de ler o livro exatamente às 3 da manhã e fiquei até as 5:30 (horário em que o relógio desperta para marido ir trabalhar) olhando para o teto e absorvendo o último capítulo daquele que é um dos melhores livros que já li.

No início você pode torcer o nariz para este livro. Afinal de contas, o autor já conta com o sucesso das HQ’s e da adaptação para TV em um seriado, pra que o livro? A questão toda é que no desenrolar da HQ surge a personagem que certamente é a mais odiada e cruel: Philip Blake. Mas o que leva um cara simples e comum a tornar-se um déspota?
É recomendável que você leia até a HQ #30, para ter uma ideia do que o Governador é capaz. 

Totalmente intrigante, o livro apesar de ser curtinho, revela a via crucis que o protagonista passa durante o apocalipse zumbi e como esses acontecimentos o levam ao extremo de uma liderança totalmente autoritária.

Por vezes é comum simpatizar-se com Philip. Chega-se a conclusão que todo o sofrimento que ele causa, é uma resposta às adversidades vividas e uma compensação talvez inconsciente, em causar dor àqueles que o ameaça, antes que estes lhe façam mal.


Não se trata de uma leitura leve (não recomendo ler antes de dormir, ou terá sérios problemas, assim como eu tive :D), mas sim de um gancho para tentar compreender como as circunstâncias causam uma mudança drástica na vida das pessoas. Algumas para o bem, outras como Philip, para o mal.

Resenha por: Nathalia de Oliveira

[Lançamentos] Editora Bertrand

 Matt sempre sentiu que faltava algo em sua vida. Em uma caixinha marchetada, sua mãe guardou lembranças da infância do filho. Entre elas, várias fotos de quando ele era menino. Mas há algo que o intriga naquelas fotos. Seria mesmo ele ali? Por que ele não se lembra daquelas roupas? Dos brinquedos? E mais: por que sua irmã, Imogen, não aparece nas fotografias?
Diferentemente da maioria das escritoras do gênero, os romances de Marcia Willett fogem do pieguismo e dos lugares-comuns. Aproximam-se mais da vida real das pessoas, narrando situações complexas e verossímeis. No caso específico de Casa de verão, a autora aborda os mistérios que surgem em meio a uma família.
“Como Rosamunde Pilcher e Maeve Binchy, Marcia Willett constrói personagens tão fortes e reais que o leitor sente que eles podem lhe telefonar ou mandar um e-mail.” (Rocky Mountain News)
 Roseanne McNulty é uma idosa que há quase sessenta anos mora em um asilo. Doutor Grene, há décadas o psiquiatra responsável pela instituição, precisa finalizar alguns casos e analisar que pacientes podem ser liberados antes que o governo derrube o prédio em que ela funciona. Ao estudar o caso de Rose, o médico descobre que não conhece as origens dela nem por que foi parar lá. Como esclarecer isso? Perguntar à frágil paciente já com 100 anos e assumir seu descaso não parace uma boa ideia.
O livro é narrado por duas vozes: a de Roseanne, que escreve em seu diário na tentativa de recordar sua história; e a de Dr. Green, que em suas anotações relata a própria vida e a busca por informações sobre a paciente. A estrutura narrativa é um dos pontos que tornam a obra encantadora. Consegue-se ouvir a história da protagonista por vários referenciais, não sabendo nunca em quem acreditar: na idosa com memória fraca, ou nas testemunhas que o médico vai encontrando em sua pesquisa.
Outro ponto muito interessante é que Rose, ao relatar suas lembranças, desde os tempos em que morava com o pai atrás de um cemitério até os dias atuais, parece estar escrevendo para uma pessoa especial. O leitor o tempo todo vai se perguntar: “Será para mim?” Já o outro protagonista, a todo momento, tenta expiar suas culpas e seus pecados.
Com uma história envolvente e repleta de surpresas, Os Escritos Secretos, de Sebastian Barry, chega ao Brasil após chamar a atenção da crítica literária, vencer o Costa Book Prize e ser finalista do Man Booker Prize, dois dos mais importantes prêmios de literatura.

 Meu nome é Elizabeth Anne Hawksmith, tenho 384 anos. Cada era exige um novo diário. Assim sendo, começa este livro das sombras. Após a morte, em 1628, de toda a sua família, a menina Elizabeth, de 15 anos, consegue abrigo com o bruxo Gideon Masters. Contudo, ele a aprisiona e a inicia na magia, tornando-a um ser eterno. Com a fuga da jovem, anos depois, o tutor a persegue ao longo dos séculos, passando por momentos importantes da história da humanidade.
Com traços de romance histórico e elementos de fantasia, A Filha da Feiticeira é uma arrebatadora iniciação no mundo mágico, embora perigoso, da feitiçaria. É impossível esquecer essa heroína forte e independente, que sobrevive a pragas e guerras, na busca por se manter fiel a seus princípios.
A autora descreve com destreza épocas e locais distintos ao longo dos tempos, como a Inglaterra de 1628, a Paris de 1917 e os dias atuais. Para isso, Paula Brackston pesquisou durante anos as características das sociedades que lá viviam. No fim, uma certeza: o desejo urgente por uma continuação.
Uma saga de inocência, entremeada de fantasia. Uma história repleta de magia e feitiçaria, ideal para aqueles que buscam uma trama fascinante. O livro é maravilhosamente escrito, possui personagens bem-construídos e uma trama que prende o leitor até o fim.

Charles Dickens é passado. Agora é a vez de Christopher Moore! O Natal mais hilário e horripilante da história. Após falar da juventude desregrada de Jesus em O Cordeiro, e de um funcionário da Morte em Um Trabalho Sujo, o cultuado Christopher Moore ataca agora a magia do Natal e o famoso arcanjo Raziel no hilário Um Anjo Burro.
Era noite, quase Natal, e todos em Pine Cove estão ocupados comprando, embrulhando e trocando presentes. Mas nem todos estão no clima para receber o bom velhinho. O pequeno Joshua Barker, de apenas sete anos, está desesperado: precisa de um verdadeiro milagre. Ele tem certeza de que viu o Papai Noel tomar uma pazada na cabeça e agora não faz outra coisa senão rezar para que ele volte dos mortos.
Para compor o elenco do livro, o autor recorreu a personagens tradicionais do Natal, como o Papai Noel e o arcanjo Raziel, e outros nem tão clássicos, como mortos-vivos e um morcego diferente. O filme baseado no livro está com estreia marcada para novembro de 2013.

[Resenha Internacional] Sweet Evil - Wendy Higgins

Livro: Sweet Evil
Autora: Wendy Higgins
Editora: HarperTEEN
Número de páginas: 453
Classificação: 4,5/5 (favorito)

Minha Opinião:
"Eu senti você ganhando vida quando nos beijamos, e eu sei que você está com medo disso. Com medo de desencadear o outro lado de si mesma. "
 Sinopse: E se houvesse adolescentes cujas vidas dependessem literalmente em ser más influências? Esta é a realidade para os filhos e filhas de anjos caídos.
A boa moça, Anna Whitt, nasceu com o sexto sentido de ver e sentir as emoções de outras pessoas. Ela está ciente de uma luta dentro de si, uma atração inexplicável para o perigo, mas não é assim até que ela completa 16 anos e conhece o sedutor Kaidan Rowe e descobre sua herança terrível e sua  força de vontade é posta à prova. Ele é o garoto seu pai lhe avisou. Se alguém ao menos tivesse avisado Anna.
Forçada a enfrentar seu destino,  Anna  vai abraçar sua aura ou seus chifres?
Sweet Evil é o primeiro livro da série "Sweet trilogy" Quando recebi esse livro, me encantei imediatamente pela capa, quando soube que se tratava de Anjos Caídos, minha empolgação apenas aumentou. Foi meu primeiro livro em inglês, e foi um desafio começar a ler, mas foi super fácil terminá-lo. Confesso que me senti perdida no início (não por causa da narração, mas pela minha mente um tanto enferrujado para a leitura internacional), mas após 5 páginas já estava super entrosada com o ambiente, a história e os personagens. 
O livro é narrado em primeira pessoa por Anna, que é uma garota bem comum no universo literário: é bonita, seu melhor amigo é um garoto, seu pai é ausente e não é exatamente a "garota popular" do colégio. Apesar dos clichês, a história foge de tudo que já li. O romance entre Anna e Kaidan não é o único foco da história, mas foi o que me fez querer ler e ler. A história gira em torno da descoberta de Anna como pessoa e sua função no mundo. Kaidan é apenas responsável em apresentar a Anna, o mundo  dos 7 pecados capitais. É claro que, nessa empreitada, os dois acabam se envolvendo além do combinado, porém o relacionamento entre eles é expressamente proibido. A parte interessante é ver como o amor muda as pessoas, transformando um Kaidan cheio de luxúria, num Kaidan que renuncia seus prazeres para estar com Anna. É uma doce entrega entre os dois, mas as consequências são amargas demais para permitir que eles continuem juntos.
É uma leitura magnífica, capaz de te fazer esquecer de todas as outras tarefas (foi o que aconteceu comigo, até a hora do almoço eu renunciei para saber o que viria na próxima página).
Uma pena que não haja uma versão em português, certamente seria um Best Seller no Brasil.

Resenha por: Brenda Andrade

 

[Watching] The Following

Olá leitores. Hoje retorno com a coluna falando sobre séries, já que ultimamente tenho assistido várias séries novas, e uma delas é a maravilhosa The Following. Não vou negar que o que me chamou atenção mesmo, foi a presença do ator Kevin Bacon - de quem sou fã irrevogável (ele é lindo!!) -  e também por trazer um serial killer que usa os poemas de Edgar Alan Poe (divo), para justificar seus atos criminosos.
Se você assim como eu, é fã de thrillers, essa série foi feita sob medida para você. A tensão está presente em cada episódio, e a série tem me surpreendido a cada novo enigma.


Ryan Hardy (Kevin Bacon) é um agente do FBI aposentado, que é chamado de volta assim que o serial Killer, Carrol, foge da prisão. Joe Carroll é professor de literatura inglesa, escritor, e serial killer aficionado pelos poemas sombrios de Poe. Seu modus operandis é arrancar os olhos de suas vítimas, em uma alusão ao conto O gato preto. Na prisão, ele recruta uma rede de seguidores online, que irão dar continuidade ao seu legado enquanto estiver na prisão.

A série traz um elenco fantástico. Temos o ator James Purefoy no papel de Carrol, e Shawn Ashmore vivendo o agente do FBI Mike, que se inspira em Ryan.
O que mais me encantou, foi a forma como cada episódio explora a mente insana de Carrol, que diz enxergar a beleza na morte. No pilot temos a fuga de Carrol da prisão, e sua insistência em manter Ryan refém de seus joguinhos mentais, que no passado salvou uma jovem de ser morta por ele. Joe alega que o seu trabalho está inacabado, e foge da prisão para ir atrás da Dra. Sarah Fuller (Maggie Grace), que foi a única vítima que escapou com vida. Através de flashbacks, conhecemos quem foi Joe no passado, e também como ele recrutou cada um dos seguidores dispostos a matar por ele.

Os episódios são cercados de tensão e ainda temos o fator surpresa, onde não sabemos o que o próximo seguidor de Carrol irá fazer, ou quem irá matar. Paralelo a isto, temos a ex-mulher de Carrol, Claire, e seu filho Joe, que também são usados por ele com o intuito de provocar Ryan, que no passado teve um caso com Claire, após a prisão de Joe.
Além disso temos toda a problemática envolvendo a vida de Ryan. A culpa por não ter percebido quem Joe era, pois assim que surgiram os primeiros casos envolvendo vítimas que tiveram seus olhos arrancados, Ryan entrevistou Joe para poder ter uma direção a seguir na investigação, já que Carrol lecionava literatura, e demonstrava um interesse especial em Poe. Ryan também precisa lidar com o alcoolismo, embora esse não seja o foco.

O que difere a série de tantas outras que envolvem psicopatas, é o que o foco não está voltado apenas para o assassino, e sim para a mente dos agentes do FBI. Outro fator que me chamou atenção,  é a possibilidade de qualquer um do elenco ser seguidor de Joe, exceto Ryan. Eu desconfio de todos.
Mas não vá assistir pensando encontrar um novo Dexter, e se apaixonar pela mente sombria de Joe. Diferente do meu serial queridinho, que mata somente assassinos, Joe sente prazer em matar mulheres jovens, e totalmente inocentes. Sua mente é tão doentia e distorcida, que ele não hesita em sequestrar o próprio filho - para treiná-lo a fim de seguir seus passos -,  e a ex-esposa para afetar Ryan, alegando que tudo o que ele faz é por ele. Apesar de ser doentio, Carrol é extremamente educado, e muito persuasivo. Acho o maior charme ele recitando alguns trechos dos contos de Poe (hot).
Os episódios seguintes tem mantido o padrão do pilot, focando em um seguidor diferente de Carrol, e unindo suspense e ação na medida certa. A série já virou uma das minhas queridinhas, e fico tensa até lançar o próximo episódio.
Essa semana saiu o episódio 5 da primeira temporada. A série estreou nesta quinta feira no canal pago Warner.

[Resenha] Quem poderia ser a uma hora dessas? - Lemony Snicket

Livro: Quem poderia ser a uma hora dessas? - livro #1
Série: Só perguntas erradas
Autor: Lemony Snicket
Ilustrações: Seth
Editora: Seguinte
Número de páginas: 235

Classificação: 5/5

Minha Opinião:

 "Ali, parados na porta errada do lugar errado, parecia a coisa errada a se fazer. Mas fizemos mesmo assim. Saber que uma coisa está errada e mesmo assim fazê-la é algo que acontece com bastante frequência na vida, e duvido que algum dia eu saiba o porquê. (pág. 40)
Surpreendentemente, os livros infanto-juvenis vem conquistando um lugar cativo na minha preferência, já que raramente me decepciono com esse gênero. Quem poderia ser a uma hora dessas? foi mais uma leitura que me surpreendeu e agradou completamente.
O autor é o mesmo de Desventuras em série (que eu ainda não li, mas fiquei hiper curiosa). Daniel Handler escreveu a série com o heteronônimo Lemony Snicket, que narra em primeira pessoa a sua entrada para uma organização misteriosa.

Lemony Snicket está prestes a completar 13 anos, e decide escolher a pior tutora da organização - a senhora S. Theodora Markson - a fim de investigar um mistério paralelo com a ajuda de uma aliada misteriosa, ao mesmo tempo em que soluciona o caso do roubo da Fera Ressonante, na cidade de Manchado-pelo-Mar.
O mais interessante da história são os muitos mistérios apresentados durante a narrativa. Mistério esse, que já começa com o nome da tutora, já que ninguém sabe o que o S significa. Muitos deles são revelados ainda neste livro, porém, Snicket deixa um ótimo gancho para a continuação. Não vou detalhar muito o enredo, pois corro o risco de revelar algum spoiler. Apesar de parecer um simples caso de furto, o autor constrói uma trama intrincada, com muitas reviravoltas que prendem a atenção do leitor.

O autor abusa de muita criatividade na construção do enredo, onde a peculiaridade da cidade foi o fator que mais me encantou. Pense em uma cidade que fica à beira mar, só que não tem mar, pois o mesmo foi drenado. Parece esquisito, e é justamente isto que torna a história tão original e envolvente.
Todas as personagens secundários apresentam alguma relevância para a trama. Assim que chega na cidade, Snicket se depara com a jovem Moxie, que sonha em ser jornalista, e se torna peça fundamental na resolução do mistério do roubo.
Apesas da pouca idade, Lemony apresenta um comportamento maduro, exceto pelas perguntas incessantes, características de qualquer menino de sua idade. Perguntas essas que são regadas de sarcarmos.
Além de todo o mistério e do cenário inusitado, Quem poderia ser a uma hora dessas? traz ótimas tiradas de humor, e lindas ilustrações que enriquecem a obra. Um livro que agradará leitores de todas as idades. Estou ansiosa pela continuação, sem data prevista de lançamento.
A Editora Seguinte realizou um ótimo trabalho com a revisão e a capa, que possui um toque aveludado (eu não conseguia parar de alisar).

Sorteio: Contadores de Histórias

Olá leitores.

     Era uma vez quatro blogs que decidiram sortear quatro livros para três vencedores. E todos que participaram viveram felizes para sempre! 

     Pois é, pessoal, só porque não sei contar uma história, não significa que eu não possa tentar, especialmente hoje! Os blogs Restaurante da Mente, MyBookLit, Labirinto Imaginário e Inspirados, O Berço das Grandes Ideias, se uniram para presentear vocês, amigos leitores, num dia muito especial: O Dia do Contador de Histórias! Você tem até o dia 20 de março, quando celebraremos essa data com o resultado dos quatro vencedores.



1 - Catálogo da Promoção (Clique nos nomes para visualizar as imagens de capa)

-O Ladrão de Almas;
-O Circo da Noite;
-Imaginários 2;
-Segredos Revelados

2 - Veja como participar (é simples!):
-Siga as regras no Rafflecopter, abaixo:

a Rafflecopter giveaway
 
-Aproveite as chances extras, elas vão aumentar sua sorte =);
-Torce bastante! Quem sabe no dia 20 não será você o ganhador?

3 - Como será o resultado:
-Teremos três ganhadores. O primeiro levará dois livros, dentre os que estão no catálogo dessa promoção;
-O segundo colocado escolher um dos dois restantes;
-O terceiro colocado, obviamente, fica com o que sobrou, mas isso não significa nada, afinal, todos os livros são ótimos!
-Os blogs terão o prazo de 30 dias para enviar o livro aos respectivos ganhadores.
-Quem não conseguiu pode até chorar, só não pode deixar de participar das outras promoções! Estamos sempre oferecendo promos aos amantes de livros =) 

Boa sorte a todos e uma excelente leitura!
 

[Resenha] A viagem do tigre - Colleen Houck

Livro: A viagem do tigre - livro #3
Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 494
Classificação: 3,5/5

Minha Opinião (livre de spoiler):
"- Você mudou - disse Ren ao irmão. - Não é mais o mesmo de seis meses atrás.
- Ainda sou capaz de esfolar essa sua pelagem branca, se é disso que você está falando.
- Não, não é isso. Você ainda é um lutador forte, mas agora está mais relaxado, mais seguro, mais...sereno. - Ele deu risada. - E está muito mais difícil irritar você.
Kishan respondeu baixinho:
- Ela me fez mudar. Estou me esforçando muito para me transformar no tipo de homem de que ela precisa, no tipo de homem que ela já acredita que eu seja."
 A série A maldição do tigre é uma das minhas queridinhas, e fiquei um pouco desapontada com o rumo que Colleen deu ao romance e a história.
Kelsey, que havia sofrido uma melhora considerável em seu complexo de inferioridade "não sou boa e bonita o bastante para o meu namorado deus-indiano-Ren" no livro anterior, retorna cheia de mimimis. Não que ela não seja uma boa heroína a maior parte do tempo. Sua coragem, e determinação em libertar os irmãos da maldição, fazem dela uma protagonista admirável, mas sua indecisão beirou o insuportável. Eu até entendo sua dúvida entre escolher Ren ou Kishan. Aprecio triângulos amorosos, mas sofro quando vejo que um lado está sendo usado, como se fosse um plano B, e foi assim que eu me senti lendo A Viagem do Tigre. 

E não foi só Kelsey que mudou o comportamento de uma hora para outra. Colleen resolveu aloprar neste sentido. Ren assume um tom irritante e cheio de si após ter sido resgatado. Queria dar uma sapatada na cabeça dele, para ver se os miolos soltos voltavam para o lugar. Kishan foi o único personagem coerente na história, e com isso ele conquistou de vez o meu coração. Se nos livros anteriores eu pendia para o lado de Ren, Houck conseguiu me deixar bem indecisa com a mudança de atitude de Kishan. O quote que selecionei fala por si só. Kishan assumiu uma postura mais séria e adulta, o que contrastou drasticamente com as infantilidades de Ren. Preciso dar a mão à palmatória: Colleen sabe como deixar um coração dividido.

O que mais gosto na saga, é a forma como a autora aborda a mitologia indiana, com um texto riquíssimo em detalhes, e mesmo assim algo gostoso de ler. Algumas tradições e costumes indianos são citados, tornando a leitura não só em algo divertido, como informativo. Nessa terceira busca pelo colar da deusa Durga, conhecemos a cultura e tradição chinesa. A visita aos cinco dragões, que irão auxiliar e indicar o caminho até o colar,  renderam passagens repletas de ação, e cenas de tirar o fôlego. Neste quesito Houck nunca peca. A saga é repleta de reviravoltas, ação e muito romance, embora o triângulo tenha sido desnecessário neste terceiro livro.
Outro ponto que me incomodou, foram os encantos irresistíveis de Kelsey. Se a própria se descreve como sendo uma menina de beleza mediana, e sem nenhum atrativo, não consigo entender porque todos os homens caem de amores aos seus pés. E quando digo todos, incluo até os dragões. Ok que ela é a única personagem feminina, além de Nilima, neta do Sr. Kadam, mas achei um exagero até o vilão da série querer lutar por ela.
Se relevarmos o comportamento dos personagens, e a disputa amorosa pelo coração de Kelsey, A viagem do tigre prova que é capaz uma série não cair na mesmice e enrolação.
Novamente fiquei com meu coração na mão ao ler o desfecho, e agora só me resta esperar pelo próximo livro da saga, entitulado como O destino do tigre, que será lançado ainda este ano pela Editora Arqueiro.
Preciso ressaltar o belo trabalho que a Editora realizou com a série aqui no Brasil. Além de lançar os livros em tempo recorde, não encontrei um erro sequer de digitação, o que revela o cuidado e seriedade da Arqueiro em revisar os livros sem pressa.
E que venha O Destino do Tigre \o/

[Nova Parceria] Editora Prumo

E o blog My Book Lit acaba de fechar mais uma parceria, dessa vez com a Editora Prumo. Fiquei imensamente feliz, e agradeço a confiança depositada no blog.
Vamos conferir a sinopse dos dois maiores lançamentos da editora:

 Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás. Neles se pode fazer qualquer coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor, sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.
 Ambientado na cidade de Los Angeles em 2130 D.C., na atual República da América, conta a história de um rapaz – o criminoso mais procurado do país – e de uma jovem – a pupila mais promissora da República –, cujos caminhos se cruzam quando o irmão desta é assassinado e a ela cabe a tarefa de capturar o responsável pelo crime. No entanto, a verdade que os dois desvendarão se tornará uma lenda. O que outrora foi o oeste dos Estados Unidos é agora o lar da República, uma nação eternamente em guerra com seus vizinhos. Nascida em uma família de elite em um dos mais ricos setores da República, June é uma garota prodígio de 15 anos que está sendo preparada para o sucesso nos mais altos círculos militares da República. Nascido nas favelas, Day, de 15 anos, é o criminoso mais procurado do país; porém, suas motivações parecem não ser tão mal-intencionadas assim. De mundos diferentes, June e Day não têm motivos para se cruzarem – até o dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado e Day se torna o principal suspeito. Preso num grande jogo de gato e rato, Day luta pela sobrevivência da sua família, enquanto June procura vingar a morte de Metias. Mas, em uma chocante reviravolta, os dois descobrem a verdade sobre o que realmente os uniu e sobre até onde seu país irá para manter seus segredos.

[Resenha] Finale - Becca Fitzpatrick

Livro: Finale - Hush Hush #4
Autora: Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 299
Classificação: 3/5

Minha Opinião: (Pode conter spoiler dos livros anteriores)
“-Sei que não posso sentir seu toque, mas sinto seu amor, Nora. Lá no fundo. Isso significa tudo para mim. Eu queria poder sentir você da mesma forma que você me sente, mas tenho seu amor. Nada nunca vai ser mais forte que isso. Algumas pessoas passam a vida inteira sem experimentar os sentimentos que você despertou em mim. Não posso reclamar.”
A série Hush Hush é uma das minhas preferidas, e após 3 longos anos de paixão pelo Patch, finalmente eis que chega o tão aguardado final. A expectativa não tinha como ser baixa, já que desde a divulgação do título do livro (a Intrínseca foi muito feliz mantendo o original), capa finalizada e trechos do livro, a vontade de saber o que aconteceria com os personagens que me acompanharam por tanto tempo, era imensa. Mas logo no ínicio levei um balde de água fria.

Após realizar o juramento de assumir e liderar o exército neflim do Mão Negra na guerra contra os anjos caídos, Nora precisa achar uma solução para que nenhum dos lados saia prejudicado. Para isso ela conta com o apoio de seu namorado - e anjo caído - Patch, e também com a ajuda de Dante, que irá treiná-la até que consiga fazê-la utilizar o máximo de sua força, agilidade e habilidade recém adquiridas após se tornar uma nefilim.
Porém, com um arcanjo em seu encalço, e com todos os nefilins do exército duvidando de sua capacidade de liderança, a tarefa que a príncipio parecia simples, se revela cada vez mais difícil.

A narrativa começa bastante lenta e por vezes estranhei a "nova" atitude de Nora. Temos uma grande justificativa para a transição de mocinha indefesa-impulsiva, para Nora Ninja Espadachim, já que ao se tornar uma nefilim ela adquiriu vários poderes, mas ainda assim foi estranho vê-la mudar de atitude de uma hora pra outra.
Já no início nos deparamos com um novo personagem - Dante - que assume a liderança ao lado de Nora, e promete prepará-la para a guerra. Achei muito forçado o interesse que ele tinha em ajudá-la, mas confesso que sua entrada na série foi o único fator que movimentou a trama.
Patch retorna um pouco mais comedido, e o romance acaba ficando relegado a segundo plano, o que foi um dos motivos da minha decepção com o livro. Aquele Patch atrevido, sedutor e sombrio que conhecemos nos primeiros três livros da série, sofreu uma mudança relevante. Porém, algumas declarações de amor, e frases provocativas trocadas com Nora, certamente irá satisfazer os fãs do casal.
Scott e Vee, amigos de Nora, tiveram pouquíssima participação neste livro. Eles ficavam páginas e mais páginas sem aparecer, para no final a autora dar um desfecho patético para ambos. Odiei o segredo de Vee. Eu não acreditava no que estava lendo, e preferi ignorar esta parte, para poder seguir em frente com a leitura.
Marcie Millar é outra personagem que não disse a que veio. Nem preciso dizer que, como Vee e Scott, Marcie teve um final muito mal elaborado.  E foi esse o ponto que mais me decepcionou: Fitzpatrick negligenciou alguns personagens, e a impressão que tive foi que eles estavam ali apenas para preencher a história.

A parte sobre a guerra, que eu mais ansiava para ler, ficou devendo muito. O treino de Nora toma praticamente metade do livro, e a ação só começa após uma incrível reviravolta na trama, que não deixou com que o livro fosse uma decepção total.
Não foi um final épico, mas para os fãs da saga, que como eu esperaram 1 ano para se despedir dos seus personagens favoritos, a obra teve seus bons momentos - ainda que não tenha entrado para a lista dos favoritos.
Ao me deparar com as últimas 10 páginas, foi batendo um sentimento de saudade e tristeza, por saber que esta seria a última vez que leria sobre Patch e Nora. Meu livro preferido da série continua sendo Silêncio, e com o final da saga só me resta esperar pelo lançamento do filme, que começará a ser produzido pela LD Entertainment no outono desse ano.

[Resenha] Nada é para sempre - Ali Cronin

Livro: Nada é para sempre
Autora: Ali Cronin
Editora: Seguinte
Número de páginas: 271
Classificação: 3,5/5

Minha Opinião:
" - Sarah-que-não-gosta-de-cerveja, preciso de você na minha cama. - Ele sussurou.
Eu entendia o que ele estava dizendo. Eu precisava dele como precisava de oxigênio." (pág. 61)
Ah, a adolescência. Apesar de já ter passado por esta fase muito tempo atrás (é, sou velha assim), ainda me divirto com esse tipo de leitura, que explora as descobertas e paixões dessa época, onde geralmente muitas meninas pensam que irão viver um conto de fadas ao conhecer o primeiro amor (algumas até tem sorte neste quesito).
Esta é a proposta da série garota <3 garoto, que a cada volume irá trazer uma história diferente, onde um grupo de amigos composto por quatro meninas e três meninos irão relatar suas experiências sobre o amor, amizade e sexo.
Neste primeiro volume conhecemos Sarah -  a mais "careta" do grupo - que espera encontrar o garoto certo para viver sua primeira experiência sexual. Durante suas férias em Barcelona ela conhece o mais velho e experiente Joe, e decide se entregar a paixão. Após o final das férias, eles combinam de se encontrar em Londres, onde Joe faz faculdade. Com o passar das semanas, Joe fica cada vez mais esquivo, e a química avassaladora parece fluir apenas na cama. Será que a atração entre eles foi apenas um caso de verão?

Primeiramente, para mergulhar no universo teen de Ali Cronin, você precisa se livrar dos preconceitos quanto a personagens sem nenhum senso. Não só Sarah, mas também suas amigas, possuem um lado inconseqüente que a maioria das adolescentes exibem quando estão no último ano da escola. Nada que não seja condizente com a realidade. E foi justamente isso que me fisgou na leitura: o que acontece com Sarah poderia acontecer com qualquer menina (pode parecer inacreditável, mas existem muitas Sarahs espalhadas por aí). A autora aborda o lado B da experiência amorosa, sem aquele nhenhenhém amoroso, onde nem sempre as coisas saem como o planejado. Porque nem só de romances bem sucedidos vive a literatura.

A narração feita em primeira pessoa, por Sarah, é descontraída e fluida. Os dramas são bem adolescentes, infantis até se você pensar na pseudo-inocência da protagonista, e no quanto ela é cabeçuda, na falta de uma palavra que a melhor descreva. Depois que conhece Joe, sua vida passa a girar em torno dele, o que torna sua convivência com as amigas quase insuportável. Eu só queria entrar no livro e dar umas boas sacudidas nela. O problema todo de Sarah, se resume na fissura que ela sente por Joe. Porém, o livro não gira somente em torno disso. A relação entre Sarah e seus amigos é bem explorada, e entre tantas burradas, a amizade dela com Ollie se fortalece. Ollie é uma doçura de menino, e mal posso esperar para ler mais sobre ele nos outros livros.
O enredo realista, estilo a vida como ela é, me conquistou.  A Editora Seguinte realizou um excelente trabalho com a capa, que possui textura aveludada ao toque.
Entre os livros que serão lançados, a Editora irá publicar os contos em e-book free no site.

[Nova Parceria] Selo Fantasy


E é com muita alegria que recebi a confirmação que o blog foi aceito na seleção para parceria com o selo Fantasy, que pertence a Editora LeYa.
 Para quem ainda não conhece, este selo é totalmente voltado à literatura fantástica. Foi inaugurado em março de 2012, com a famosa obra "John Carter - Entre Dois Mundos". Seu catálogo contempla livros nas diversas vertentes do gênero fantástico, da alta fantasia ao terror sobrenatural, sempre voltados ao grande público.
   Neste ano de 2013, o selo editorial abre sua grade com o lançamento de "Filhos do Fim do Mundo", uma obra do escritor brasileiro, Fábio M. Barreto.  Em breve teremos resenha do livro aqui no blog.



QUANDO AS CRIANÇAS DO MUNDO PARAM DE NASCER, UM REPÓRTER SE PREPARA PARA SUA ÚLTIMA MATÉRIA SOBRE O COMEÇO DO FIM DO MUNDO. É meia-noite quando a humanidade é surpreendida pela notícia: todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses morreram misteriosamente. Descobrem também que plantas e filhotes também morreram. Um repórter responsável por cobrir os eventos preparativos para o fim do mundo, deixa sua esposa grávida em casa, partindo para uma perigosa missão investigativa, em que terá de enfrentar grandes desafios para proteger aqueles que ama. Em Filhos do fim do mundo, acompanhamos a saga de um repórter tentando se equilibrar entre sua função de pai e jornalista em meio ao caos pré-apocalipse. As catástrofes se misturam com a tensão psicológica do personagem em um envolvente romance que vai encantar os amantes de ficção.



 Fábio M. Barreto é escritor, jornalista e cineasta. Criado nas redações de O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, dedicou a carreira à indústria do entretenimento. Trabalhou e publicou conteúdo em grandes veículos de imprensa como Sci-fi News e CNN. Entrevistou dezenas de grandes nomes da indústria de Hollywood, de J.J. Abrams a Neil Gaiman, e foi responsável pela criação da JediCon e do SOS Hollywood. Hoje é membro de um dos podcasts de cultura pop mais famosos da internet brasileira, o Rapaduracast.

O que acharam? Estou super ansiosa por este lançamento.

[Resenha] Extraordinário - R.J. Palacio

Livro: Extraordinário
Autora: R.J.Palacio
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 313
Classificação: 5/5 (favorito)

Minha Opinião:
" Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo" 
Extraordinário é o primeiro livro da autora R.J. Palacio, eleito um dos melhores livros YA de 2012 pelo The New York Times e pela Amazon.
Palacio se inspirou em uma situação real vivida por ela e seus filhos, onde em uma sorveteria eles se aproximaram de uma menina com uma grave deformidade facial. O filho mais novo - de apenas 3 anos - começou a chorar, e o mais velho ficou bastante alarmado, obrigando-a a sair do local para não causar maiores constrangimentos para a família da menina. No livro ela recria esta mesma cena.

August nunca frequentou uma escola, e aos 10 anos passou por várias cirurgias para corrigir uma grave deformidade facial com a qual nasceu. Ele passou toda sua infância sendo educado em casa pela mãe, que sugere que ele frequente uma escola normal. August não fica nada animado com a noticia, afinal, ele sabe o impacto que o seu rosto causa nas pessoas, e ser o foco de todos os olhares é uma condição nada agradável, quando tudo o que se deseja é ser comum.

Meu primeiro pensamento após ler a sinopse do livro, foi imaginar uma triste história de bullying que certamente me faria chorar, e pensar por horas no quanto as pessoas podem ser cruéis. Me enganei.
R.J.Palacio constrói um enredo onde a superação é o elemento primordial. Claro que temos todo o aspecto triste e comovente das dificuldades vividas por August, contudo, além de toda comoção, há algo mais por trás disso. Temos um garoto com uma enorme vontade de ser aceito pelo que ele é, e não por sua aparência.

O que difere a obra de Palacio, é a possibilidade de enxergar August com "outros olhos", o que conferiu uma maior profundidade a história, tornando toda experiência de leitura o mais verossímil possível. Além da narração de August, temos acesso aos sentimentos de outros personagens próximos a ele; como os de sua irmã Olívia, o cunhado Justin, seu amigo Jack Will, Miranda e Summer.
O relato mais verdadeiro e emocionante, ficou por conta da irmã, Olívia. Observamos a perspectiva de uma adolescente que sempre esteve em segundo plano por causa do tratamento do irmão, e apesar de se sentir negligenciada, podemos sentir o amor genuíno que ela nutria por ele e pelos pais.
A meu ver, a autora poderia ter explorado também o ponto de vista dos pais de August e de seu opositor na escola.

Auggie é um protagonista extraordinário. Fã de Star Wars, inteligente, doce e divertido, é o tipo de personagem pelo qual o leitor se apaixona imediatamente. Mesmo com todos os holofotes virados para o seu rosto, e apesar de todas as experiências negativas, August se permite extrair o máximo do ambiente escolar, e atinge êxito ao se sentir e agir como qualquer outra criança de sua idade.
Momentos dramáticos e tristes, são intercalados com o humor de August, que é capaz de fazer piada com a própria condição.
O crescimento e mudança de Auggie são visíveis. Se no início ele gostava de ser tratado como um bebezinho por seus pais superprotetores, no final podemos enxergá-lo mais maduro e independente.

Extraordinário nos mostra através de uma narrativa sensível, como a fisionomia ainda é supervalorizada nos dias atuais, quando o que mais importa é o que carregamos dentro de nós. Uma história edificante sobre como devemos aceitar as pessoas sem realizar qualquer tipo de pré-julgamento pelo que se vê. 

[Resenha] O substituto - Brenna Yovanoff

Livro: O Substituto
Autora: Brenna Yovanoff
Editora: Bertrand
Número de páginas: 333
Classificação: 4/5

Minha Opinião:

Mackie vive na estranha cidade de Gentry, onde coisas estranhas acontecem com alguns bebês, sem que a cidade se envolva ou pareça notar.  Ele é um substituto, que foi deixado no lugar de um bebê humano, trocado pelo verdadeiro filho da família Doyle.

Sem qualquer contato com o mundo silencioso que vive nas pilhas de escória de metal, por conta da sua alergia a ferro, sangue e solo consagrado, Mackie é obrigado a procurar respostas no lugar que era para ser o seu lar.
 "Queria abraçá-la e dizer que tudo era muito melhor do que ela acreditava ser. As coisas eram apenas tão estranha que ela não conseguia ver.
- Emma... – Minha garganta se apertou, e tive de começar de novo. – Emma, não foi a mamãe que me fez assim. Quem me manteve vivo esse tempo todo... Foi você." (pág. 127)
Devo dizer que minha nota foi bem generosa com o livro, e até agora não consigo dizer se gostei ou não. Primeiramente, eu estava esperando uma história de terror bem assustadora, daquelas que te metem medo se lidas pela noite, estilo Stephen King. Mas não foi isso que encontrei.
Brenna até consegue lapidar e transformar o enredo em algo original e único, mas a proposta passa longe de ser um terror. Classificaria o livro como um suspense leve.
Mackie é um ótimo narrador. Apesar de ter demorado longos 16 anos para se questionar sobre seu verdadeiro passado, me comovi com o drama da intolerância ao ferro e sangue. Graças a estes sintomas, e aos inúmeros questionamentos que sua colega de turma - Tate - faz sobre sua irmã caçula desaparecida, Mackie passa a buscar informações sobre o seu passado, e descobre os verdadeiros segredos que a cidade de Gentry escondem.

A partir daí o livro tinha tudo para decolar e atingir o ápice, porém, os "vilões" do livro não me convenceram. Yovanoff montou um mundo diferente habitado por "zumbis", apesar do livro não usar este termo. Senti falta de um verdadeiro vilão que metesse medo, que me fizesse sentir repulsa e ódio. Ou a minha tolerância para coisas nojentas e vilões anda muito alta, ou Dama definitivamente não é um bom nome para uma vilã malvada, que pra viver precisa se alimentar de pequenas crianças indefesas.
A história chegou a me lembrar a fábula de João e Maria, e em alguns momentos cheguei a dar risada com algumas situações (quando era para estar morrendo de medo).
Mas o livro tem seus momentos positivos. Particulamente gostei muito da forma como o amor fraternal entre Mackie e Emma - sua irmã - foi explorado.
O romance é bem bobinho, e me agradou. Gosto da atitude de Tate em relação ao Mackie, e senti que a autora poderia ter explorado melhor o envolvimento dos dois.

Definitivamente não é o tipo de leitura que vai mudar a minha vida, mas como passatempo foi gostoso de ler. A narração foi bem ágil e envolvente, e apesar das muitas falhas, o enredo me agradou bastante. Contraditório não?

[Lançamentos Fevereiro] Editora Intrínseca


6/02 – O fio, Victoria Hislop — Tessalônica, 1917. No momento do nascimento de Dimitri Komninos, o fogo devasta a cidade multicultural onde cristãos, judeus e muçulmanos convivem. Cinco anos depois, a jovem Katerina foge para a Grécia quando sua casa na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. Ao se perder da mãe em meio ao caos, ela acaba em um navio cujo destino é desconhecido. Desde esse dia, as vidas de Dimitri e Katerina se entrelaçam: entre si e com a história da cidade.
Fruto de uma pesquisa meticulosa, O fio tem como cenário a tortuosa história política da Grécia no século XX. A narrativa emocionante de Victoria Hislop — também autora de A ilha e O retorno — une ficção e história ao contar a saga de duas famílias na segunda maior cidade grega.

9/02 – Extraordinário, R. J. Palacio — Primeiro lugar da lista de best-sellers do The New York Times e eleito um dos melhores títulos YA de 2012 nos Estados Unidos, o premiado livro de estreia da americana R. J. Palacio traz à tona a luta contra o preconceito ao contar a história de August Pullman, um menino de 10 anos que nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial. Prestes a frequentar a escola pela primeira vez, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Para espalhar essa mensagem de aceitação, Palacio iniciou uma campanha antibullying no site www.choosekind.tumblr.com.



20/2 – No escuro, Elizabeth Haynes – Quando Catherine conhece Lee, acredita ter encontrado o homem de seus sonhos. Com o tempo, porém, esse homem maravilhoso revela-se extremamente ciumento e controlador. Amedrontada, ela tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela.
Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade, mas o trauma infligido pelo ex-namorado a transformou em uma pessoa bem diferente. Vencedor do prêmio Amazon Rising Stars em 2001, o thriller arrebatador de Elizabeth Haynes é um retrato ousado da obsessão.

28/02 – A vida sem doenças, Dr. David B. Agus – Um dos oncologistas mais conhecidos dos Estados Unidos, David B. Agus preside o Conselho de Genética da Agenda Global, do Fórum Econômico Mundial, e é professor da Universidade do Sul da Califórnia. Em A vida sem doenças, ele defende a transferência da ênfase do diagnóstico para a prevenção e uma visão sistêmica do corpo humano, que aponta o caminho para um futuro sem doenças, em que cada indivíduo possa participar ativamente da administração da sua própria saúde.
Com dicas simples e eficientes para aprimorar a qualidade de vida, o livro contém ainda um guia com tudo que se deve perguntar em uma consulta médica.

Ficção para jovens
27/02 – A Torre Invisível, de Nils Johnson-Shelton (Série Crônicas do Outro Mundo, Vol. 1) – No mundo que conhecemos, onde vive o garoto Artie Kingfisher, magos chamados Merlin, dragões que soltam fogo e espadas mágicas existem apenas em lendas e contos de fadas. Isso, porém, muda completamente no dia em que ele começa a receber mensagens saídas de seu jogo de videogame favorito, chamado Outro Mundo.
Pistas misteriosas levam Artie até uma loja estranha, A Torre Invisível, e lá ele descobre que é o sucessor do lendário rei Arthur e embarca em uma jornada digna dos cavaleiros da Távola Redonda para terminar a missão capaz de salvar este e o outro universo.

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