Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Número de páginas: 368
Comprar: Saraiva
Classificação: 4/5
Minha Opinião:
35 garotas terão a oportunidade de suas vidas ao participarem da Seleção, cujo intuito é encontrar uma esposa para o príncipe Maxon.
Muitas dessas meninas esperam ansiosas pelo dia em que a lista com o nome das Selecionadas será divulgada, menos America Singer.
Para ela a competição não passa de uma grande bobagem, além de achar impossível se apaixonar por alguém desta maneira, ainda mais quando seu coração já pertence a outro. No entanto, seu próprio namorado pede para que ela se inscreva.
Nem tudo no palácio é glamour, vestido e jóias valiosas. Os frequentes ataques dos rebeldes, assustam a todos, e acaba tornando o lugar cada vez menos seguro.
A antes resistente America, acaba amolecendo ao conhecer pessoalmente o príncipe. Suas impressões sobre ele não poderiam estar mais erradas, e ao conhecê-lo melhor seus sentimentos ficam divididos.
" - Se o assunto fosse simples, já teria eliminado todas as outras. Sei o que sinto por você. Talvez seja impulso da minha parte ter tanta certeza, mas estou certo de que seria feliz com você." (pág. 349)
A Seleção é mais uma série que eu ficava roendo as unhas para que chegasse ao Brasil, e finalmente a espera teve fim. Recebi um kit lindo da Editora Seguinte (pena que o esmalte quebrou, graças ao carteiro super cuidadoso para não dizer o contrário, e melecou o livro inteirinho).
Não sei se posso considerar o livro como distópico, embora alguns elementos de distopia estejam presentes, como o sistema de castas na qual a Sociedade é dividida. Existem oito castas, sendo as de número 4, 5, 6, 7 e 8, as mais inferiores, e portanto a classe pertencente a elas chegam a passar necessidade em termos de alimentação.
Outro toque distópico, é a rebelião dos menos favorecidos. Os rebeldes, como são chamados o tempo inteiro, tentam invadir o Palácio a fim de reinvindicar algo que não fica muito claro neste primeiro livro.
A narração é feita em primeira pessoa, por America. Tive verdadeiros momentos de amor/ódio pela personagem. O seu romance com Aspen não me convenceu no início. O começo é bastante corrido, e os dois já começam bastante apaixonados. Por pertencer a casta uma casta inferior a da America, os dois mantém o namoro em segredo dos pais.
Não vi necessidade da autora criar um triângulo amoroso, mas confesso que com o tempo acabei me sentindo dividida entre torcer por Aspen ou pelo Maxon.
America é uma narradora forte. Gosto do fato dela não ser alienada como as outras meninas que participam da Seleção, e possuir opinião própria. Apesar de pertencer a casta 5, e passar por necessidades, ela não fica deslumbrada com a vida luxuosa do Palácio, e isso só me fez torcer ainda mais por ela.
Maxon é um príncipe em todos os sentidos. Amei o toque de inocência que a autora deu ao personagem. Não espere romance no estilo meloso, porque tudo é bastante sutil, e a aproximação entre America e Maxon é bem lenta.
Um ponto positivo na narração de Kiera, foi o fato de não ter enrolação. As regras da Seleção são explicadas, bem como funciona a Sociedade e as castas, mas nada que torne o texto enfadonho.
Achei que a autora poderia ter colocado uma pitada a mais de intriga entre as participantes, e um pouco mais de ação nas cenas em que o Palácio sofre os ataques dos rebeldes.
Não consigo entender porque alguns comparam a série com Jogos Vorazes. Talvez seja pela disputa da coroa, mas ao invés do sangue e da arena, temos o palácio e os vestidos luxuosos.
A Editora Seguinte acertou em cheio em manter a capa lindissíma.
Para minha alegria, a CW produziu o pilot da série para as telinhas, e só resta torcer para que o projeto dê certo.