Autora: Lauren Weisberger
Editora: Record
Número de páginas: 494
Classificação: 5/5 (favorito)
Sinopse: Brooke e Julian têm uma vida tranquila em Nova York: ela sustenta o casal com dois empregos enquanto ele investe em sua carreira como músico. Finalmente, Julian é descoberto por um executivo da Sony e se torna um súbito sucesso, e suas vidas mudam para sempre. Os implacáveis paparazzi tanto insistem que conseguem emplacar uma foto escandalosa na imprensa - será que o casamento de Brooke vai sobreviver aos acontecimentos daquela noite fatídica no Chateau Marmont?
Minha opinião:
Já começo a resenha dizendo que esse livro virou um dos meus favoritos, então se eu parecer histérica, relevem meu comportamento.
Eu ainda não tinha lido nada da autora (que escreveu O diabo veste Prada), mas já estava louca para comprar todos os livros dela, pois como amei o filme O diabo veste Prada, as chances do livro ser maravilhoso igualmente, eram muitas, assim como os outros livros, e esse foi o primeiro a entrar pra minha listinha.
Vou começar pela capa, que é um luoosho, o sapato dourado (como eu queria ter usado um assim na minha formatura), que mantém o padrão das outras duas capas, é lindo. A narração é feita em terceira pessoa (estilo que não curto muito), mas é totalmente viciante e envolvente, tanto que as quase 500 páginas, praticamente viram sozinhas, tamanho poder da autora em envolver o leitor, com uma narração coerente, sem encher linguiça, e sempre muito objetiva, tanto que em nenhuma passagem eu tive o pensamento que aquilo que estava escrito era irrelevante, e que poderia ser cortado do texto (Lauren minha nova diva).Brooke é uma mulher de 30 anos, graduada em nutrição, que trabalha em 2 empregos, para poder sustentar a casa, enquanto o marido investe na carreira de músico.
Brooke conhece Julian Alter, em uma noite quando o vê cantando "Hallelujah" em um bar no East Village. Na verdade ela estava em um encontro as cegas com Trent, mas ao ouvir Julian, logo se apaixonou por sua voz, e o "perseguiu" por vários clubes, a fim de vê-lo cantando.
Julian, tem 32 anos, um estilo único e uma voz inconfundível (citando um capítulo do livro: faz Jonh Mayer parecer um amador), e depois de várias apresentações em clubes, Julian é descoberto por um executivo e assina seu primeiro contrato, com nada mais, nada menos que a gravadora Sony.
Julian vira um astro do rock da noite para o dia, depois de se apresentar no Tonight Show, de Jay Leno, e logo o mundo inteiro está comentanto sobre o novo talento, e começam a chover convites para festas exclusivas, jantares chiques e muitas viagens.
Depois de uma noite no Chateau Marmont, uma foto escandalosa em uma revista, e as constantes viagens do marido, Brooke se sente sozinha e vê que a fama tão esperada por ela e seu marido, só está separando os dois. Brooke terá que decidir entre a sua carreira de nutricionista, ou acompanhar o marido pelas inúmeras viagens e turnês para apoiá-lo. Será possível que o casamento de um popstar, com uma mera desconhecida, sobreviva as inúmeras pressões da mídia?
O livro tem muita musicalidade, digo isso porque é fácil imaginar a melodia da música de Julian, ou a sua voz. Eu sempre curti livros que envolvem música (eu "arranho" violão e guitarra), e este não foi diferente. O livro é uma reflexão sobre a vida debaixo dos holofotes, e também a vida do músico por detrás dos palcos. O livro traz diversas referencias musicais, e do meio artístico. Nem preciso dizer que morri ao ver Jon Bon Jovi, todo se querendo no livro (sou fã e tenho todos os cds dele).
"Minha nossa. Era ele. Ela não fazia ideia do por que ou como aquilo havia acontecido, mas sentado bem ali à mesa de seu marido, segurando uma cerveja e parecendo perfeitamente normal, estava Jon Bon Jovi."
Os paparazzi e suas constantes perseguições em busca de uma foto, que pudesse causar um escandâlo, são muito bem representados na escrita de Lauren. O livro é verdadeiro, emocionante, e retrata de forma muito fiel a forma como as celebridades são cultuadas lá fora. Eu senti pena e raiva de Julian em vários momentos (tinha horas em que dava vontade de levar ele pra minha casa, e outras que eu queria dar um belo tapa), e se no começo, eu não conseguia compreender porque a Brooke não largava tudo e seguia o marido, tentei me imaginar no lugar dela e pensava como seria difícil abandonar a profissão que eu escolhi.
Preparem os lencinhos para chorar
Recomendadíssimo.