[Resenha] Prisioneiro da sorte - Jeffrey Archer

Livro: Prisioneiro da sorte
Autor: Jefflrey Archer
Editora: Bertrand
Número de páginas: 512
Classificação: 3/5
Sinopse: Quando Danny Cartwright sai para comemorar seu noivado com Beth Wilson e o irmão dela, Bernie, que também é seu melhor amigo, ele não imagina o que está prestes a acontecer. Se tivesse pedido a namorada em casamento um dia antes, ou um dia depois, Danny não teria sido preso e acusado pelo assassinato do próprio cunhado. Mas quem acreditará na sua versão dos acontecimentos quando as testemunhas de acusação são um advogado criminal, um ator famoso, um aristocrata e um empresário bem-sucedido?Condenado a 22 anos de prisão e mandado para o presídio mais seguro da Inglaterra, ele contará com a ajuda de Beth para iniciar uma busca implacável por justiça, obrigando os quatro inimigos que o condenaram a lutar pela própria sobrevivência.Assim se desenvolve o eletrizante Prisioneiro da sorte, com um elenco de personagens que acompanhará o leitor mesmo depois de a última página do livro ter sido virada. E, como se não bastasse, o final surpreendente abalará até os fãs mais ardorosos do autor.
Minha Opinião:
"Na prisão, a maré e o tempo esperam todo mundo"
Já faz um tempinho que eu estava atrás de um bom trhiller do autor Jeffrey, e não pensei duas vezes antes de escolher seu novo lançamento, que inclusive é o vencedor do Prix Polar Internacional Prize, na categoria de melhor thriller internacional.
Nas poucas mais de 500 páginas, Archer nos apresenta uma trama grandiosa sobre um homem que foi condenado injustamente pelo assassinato de seu cunhado.

Prisioneiro da sorte não foi uma leitura fácil. Levei duas semanas e meia para finalizar, porque a narrativa é extremamente detalhista, do tipo que não dá para perder nenhuma palavra ou vírgula, para não correr o risco de ficar boiando depois.
O início tem um desenrolar ágil e frenético, por conta do julgamento, e toda a dinâmica do tribunal. Os diálogos são impecáveis, e parecem ter saído de séries no estilo Law and Order, que eu amo. Aliás, todas as cenas e discursos na corte são realistas de um modo impressionante. Jeffrey me tirou da zona de conforto (sofá), e me transportou diretamente para o banco das testemunhas. Poucos autores tem esse poder.

Archer tem um leque bem variado de personagens, sem negligenciar nenhum deles. Com a narrativa em terceira pessoa, temos variados pontos de vista. Confesso que tiveram momentos bem cansativos durante a leitura, mas fui persistente.
A história e dividida em 6 partes, e algumas delas não me prenderam tanto. O que mais me incomodou foi a condição de Danny, que era analfabeto. Se o enredo fosse ambientado em 1900 e lá vai bolinha, eu até teria aceitado numa boa, mas acreditar que ainda existam pessoas analfabetas em pleno ano 2000, e na Inglaterra? foi um pouco bom demais para ser verdade.

Jeffrey também não deixa muito espaço para o leitor fazer suas próprias deduções. Os acontecimentos que se desenrolam não tem nenhum mistério por trás para que o leitor desvende e especule. Acho que minha decepção nesse sentido, foi por ter esperado uma linha de investigação melhor elaborada, no maior estilo detetive. Contudo, o foco aqui acaba enveredando para outro caminho, e é na parte da prisão que podemos perceber a dinâmica de tudo. Porém, foi bem frustante antever todos os fatos imediatamente, sem nenhum espaço para surpresas.
Também senti que a "justiça" de Danny, foi colocada um pouco de lado em alguns momentos. A maior parte do livro é dedicada a vida dele na prisão, e com isso o personagem de Craig, e seus amigos que foram os pivôs da condenação de Danny, acabam aparecendo em poucas vezes nesse período.

Com o status de ser uma releitura do clássico O conde de Monte Cristo, Jeffrey tem seus méritos por sua trama sólida e bem construída, com personagens críveis e singulares.

7 comentários:

  1. Olá Jacqueline,

    Não conhecia esse livro e nem o autor, essa é a primeira resenha que leio desse livro e já vai para minha lista, gosto do estilo e de livros detalhistas, mesmo fazendo a nossa leitura demorar, ótima dica...abraços.

    devoradordeletras.blogspot.com.br

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  2. Se não tivesse lido até o final, acredito que leria o livro pela sinopse, que achei massa. Acredito que não ia me dar bem com esse, devido a essa quantidade de detalhes, embora ultimamente tenha lido alguns livros nessa veia policial e curtido bastante! Nunca li nada do autor, quem sabe um dia... :)
    http://epigrafiaalternativa.blogspot.com/

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  3. Gostei da resenha Jacque. Não conhecia o livro e devido as suas ressalvas, desta vez eu dispenso a leitura. Beijo!

    www.newsnessa.com

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  4. Gostei de seu ponto de vista.
    Entendo o como é um pouco cansativo leituras detalhadas, mas acho que é necessário por conta do gênero. Não conhecia a obra nem a autora, mas curti e leria. Se curti livros assim, nesse gênero recomendaria Afogando Ruth, é bem detalhado e tem todo o mistério que merece um bom triller. Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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  5. Oi Jacqueline!

    Acredite: existem pessoas analfabetas em pleno século XXI, ao menos no nosso Brasil (não sei como funcionam essas coisas na Inglaterra). Não conhecia esse livro e nem o autor. Confesso para você que não tenho muita cabeça para trhillers, ainda mais se forem psicológicos. Fico com ressaca por semanas...

    Beijos!
    http://www.roendolivros.com/

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  6. Ai, Jacque, eu detesto livros detalhistas demais. Eles acabam se tornando cansativos e a leitura não rende, sabe?
    Não acho que seja algo que eu iria apreciar no momento.

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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  7. Não tinha ouvido falar sobre esse livro ainda e bem, suas ressalvas não me animaram muito. Não curto detalhismo demais em determinados enredos.. Não seria uma opção de leitura para mim, por enquanto. Parabéns pela resenha ^^'
    Beijos!
    @PollyanaCampos
    Entre Livros e Personagens

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