[Resenha] A Cidade do Fogo Celestial - Cassandra Clare

Livro: A Cidade do Fogo Celestial
Série: Instrumentos Mortais - livro #6 
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera
Números de páginas: 531
Classificação: 4/5 (favorito)

Minha Opinião: Sem Spoilers

Tive que escrever e apagar milhares de vezes essa resenha. Como explicar em poucas palavras o meu amor por uma série de livros e seus personagens? Eu não esperava mesmo ser fisgada assim por IM, o que aconteceu apenas no terceiro livro.
Cassandra mais uma vez me surpreendeu. A Cidade do Fogo Celestial foi um final à altura das minhas expectativas.

Depois do desfecho de roer as unhas de Cidade das Almas Perdidas, CDFC começou eletrizante. Pra quem achava que Sebastian não poderia cometer atrocidades piores, logo no início temos a certeza que ele é a própria encarnação do mal (uma linda encarnação, diga-se de passagem rs). O ataque ao Instituto de Los Angeles é prova disso. É tanta ação, que não dava tempo nem de piscar ou parar para respirar durante a leitura.
Temos mortes a todo instante. Cassie não poupa ninguém. Vou correr o risco de soar extremamente fria e sem coração, mas gostei de todas as mortes. Claro que em uma eu fiquei chocada, e muito triste. Contudo, admiro autores que não tem pena de fazer da caneta uma espada, e subtraem personagens sem dó.

A autora soube aproveitar muito bem a dinamicidade da narração em terceira pessoa. Com o foco ora em uma cena, ora em outra, ela brinca com os nervos em frangalho do leitor. Especialmente na última batalha. As reviravoltas então, são magníficas.
Se tem uma coisa que sempre impliquei, era com as descrições das lutas, que ficavam muito confusas nos primeiros livros. Em CDFC, dá para notar o quanto a autora evoluiu nesse sentido. As lutas pareciam se desenrolar debaixo dos meus olhos.

Os personagens evoluíram de maneira notável. Clary provou ser uma legítima Caçadora de Sombras, corajosa e sem mimimi. O romance de Clary e Jace amadureceu 100%.
Alec e Magnum mais uma vez roubaram a cena. Nunca pensei que iria torcer tanto para este casal.
Simon foi o meu personagem favorito, ao lado de Sebastian (sim, o menino é ruim como a peste, mas eu ainda nutri um sentimento de amor e carinho por ele).
Novos personagens surgiram (Emma e Jules), e nos dá um gostinho do que virá pela frente em Os Artifícios das Trevas, próxima trilogia que irá continuar explorando o submundo dos Caçadores de Sombras. Quem já leu o spin-off, As peças infernais, vai ter uma bela surpresinha aqui (e quem não leu o último livro da trilogia, encontrará alguns spoilers indesejáveis).

Apesar de ter vibrado, chorado, e me emocionado muito, uma coisinha ou outra me incomodou no desfecho, e não posso citar qual, pois seria um baita spoiler.
AMEI o epílogo. Meus olhos ficaram nadando em água quando fechei o livro, com aquele sentimento de felicidade e saudade. Foi um desfecho agridoce e digno.