[Resenha] Filha da ilusão - Teri Brown

Livro: Filha da Ilusão livro #1
Série: Herdeiros da Magia
Autora: Teri Brown
Editora: Valentina
Número de páginas: 280
Classificação: 5/5

Minha Opinião:

Quando eu vi este bonitinho entre as opções de solicitação da Editora, nem fiz a associação de que se tratava do livro Born Of Illusion, que venho querendo ler há séculos, mais precisamente desde o dia em que coloquei os olhos na capa original. "Abapha" a minha cabeçudice de não ter me ligado na tradução do título, só que como sou uma pessoa muito visual, estava tão apegada a antiga capa, que nem percebi que se tratava do mesmo livro.
Como minha paixão foi à primeira capa, não passei os olhos na sinopse antes de embarcar na história recheada de ilusionismo, mistérios, e personagens intrigantes. Melhor assim, pois fui imediatamente conquistada por uma trama inteligente sobre um assunto muito fascinante e pouco explorado na literatura.

Desde muito nova, Anna Van Honsen é assistente de palco nos shows de magia realizados por sua mãe - Marguerite Van Honsen. Ao contrário da mãe, que é uma fraude, e engana seus clientes em suas falsas sessões espíritas; Anna possui o dom de sentir as emoções das pessoas, se comunicar com os mortos, e ter visões sobre o futuro. Quando seus poderes vem à tona, ela conhece o misterioso vizinho Cole, que não revela muito sobre si, mas curiosamente parece saber sobre sua condição paranormal.
Como se não bastasse ter todos esses poderes assustadores aflorando de uma hora para a outra, o mestre do ilusionismo, Harry Houdini - de quem Anna é filha ilegítima -, surge na cidade de Nova York desmascarando os golpes mais comumentes aplicados pelos falsos médiuns.
"Porque a verdade é que o que as pessoas dizem nem sempre é o que sentem." (pág. 51)
Filha da ilusão é tão empolgante que nem parece com um começo de série. O cenário escolhido por Teri é a Nova York da década de 20, época que exerce um extremo fascínio sobre mim.
É notável o cuidado que a autora teve em pesquisar os costumes da época, bem como o comportamento da sociedade, e também informações sobre a arte do ilusionismo, tornando seu enredo o mais realista possível. Tinha tempos que eu não me deliciava com um YA 100% original e muito bem ambientado. O glamour dos anos 20 pulsa a cada página, nos transportando para um mundo de melindrosas, jazz, e curiosas sessões espiritas.

Com a base histórica perfeitamente trabalhada, não é de se surpreender que a escolha de reinventar a célebre figura do mágico Holdini, tenha conferido um tom ainda mais palpável a obra. Ainda que o mágico faça poucas aparições, todas foram igualmente empolgantes.
Não posso deixar de creditar o sucesso da narrativa em primeira pessoa à protagonista mais madura da história dos YA. Teri foi feliz ao trazer uma adolescente obstinada e inteligente, livre de dramas e sem aquele chato discurso de autopiedade que irritam profundamente até o mais paciente leitor. Apesar de soar bem madura para os seus 16 anos, ela tinha seus momentos de fraqueza, especialmente em relação a difícil convivência com a mãe. E Marguerite consegue ser insuportavelmente prepotente, e arrogante quando quer. A dinâmica entre mãe e filha é um ponto muito bem explorado.
"A regra número um quando se quer obter informações sobre alguém é não dar muitas informações sobre si mesmo em troca." (pág. 115)
O romance tem o famoso triângulo amoroso, mas quer saber? Nem liguei. Brown trouxe dois personagens masculinos totalmente diferentes, e cada um com um charme diferente que o favorecia. Enquanto Cole é enigmático e introspectivo, Owen é engraçado e atrapalhado de um jeito muito fofo e irresistível. Fora o azar (ou seria sorte?) de ter dois homens igualmente interessantes disputando sua atenção, Anna não fica de mimimi-não-sei-com-quem-ficar. Desde o ínicio fica claro qual deles faz o coração de Anna bater mais forte. Ter outro personagem caidinho por ela, apenas acrescenta emoção a coisa toda rs 

As cenas sobre a prática do ilusionismo são muito bem descritas. É preciso ter muita imaginação para detalhar cada magia e ilusão, e Teri conseguiu o feito com maestria. Uma cena em particular me deixou toda arrepiada, que foi a sessão com a tábua ouija. A obra tem seus momentos sombrios e arrepiantes.
A edição da Editora Valentina está em caprichada, com uma diagramação diferente que condiz com o tema, e páginas amarelas confortáveis para a leitura. Não achei nenhum erro de digitação.
Apesar de ter verdadeiro amor pela capa original, achei que essa combinou bem com o livro.

Filha da ilusão não poderia ter me conquistado mais. Se você procura um YA paranormal diferente, esse livro é definitivamente sua carta na manga.

capa original

10 comentários:

  1. Oi Jac =)

    Menina do céu, que resenha é esta? Deveria ser um crime deixar a gente tão louca para ler um livro. Você conseguiu me deixar ansiosa kkkk Quero ler para ontem este livro. Estou com ele aqui, e logo que terminar o que eu estou lendo vou pegar ele para ler. Adorei a resenha.

    Beijos,
    Livy
    No Mundo dos Livros

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  2. adoro coisas paranormais *---*
    eu já acho a capa brasileira linda e vi a original e fiquei apaixonada!

    Seguindo o Coelho Branco

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  3. A capa nacional é muito bonita, mas tenho que falar que a original é LINDA. Fiquei morrendo de vontade de ler o livro. A Valentina tem livros maravilhosos, né? Eu curto YAs, ainda mais se for original como você comentou... tenho certeza de que vou adorar.

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com,br

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  4. Oie Jacque =)

    Eu já estava curiosa para ler esse livro, mas depois dessa sua resenha eu preciso dele para ontem!
    Simplesmente adorei a sua resenha *-*

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary

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  5. Adoro esse tipo de leitura, fiquei super interessa com certeza será uma das minhas próximas leituras
    Um beijo, te espero no blog
    Blog livros com café SUPER SORTEIO

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  6. Ei Jacque, como vai?

    Então, esses dias pra trás eu li um livro ("O Circo da Noite") com mais ou menos a mesma premissa que esse, essa coisa de ilusionismo e tal. Gostei MUITO do livro e fiquei super com vontade de ler outros com o mesmo tema, mas nem sabia se existia... Aí cê me vem com essa resenha maravilhosa que me deixou louca de vontade, plmdds. E que bom que ao menos o triângulo amoroso não fez a estória ficar chata. Vamos combinar né, tô cansada deles.

    Beijos!
    http://www.roendolivros.com/

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  7. Olá, Jac.
    Eu também adoro a capa internacional e me liguei muito nela, mas confesso que prefiro a nacional da Valentina, ficou show *o*.
    De fato, este é um assunto pouco abordado em livros e você ter elogiado tanto a obra me motivou. Me lembrei um pouquinho de Garotos Corvos por conta dos dons e talz.
    Beijos.

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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  8. Como gosto de livros que fogem do ponto comum, acho que leria esse livro. Não o conhecia, para falar a verdade, mas me entusiasmei com sua resenha.

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de agosto

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  9. Oi Jacque

    Esse é um tema que me fascina muito. Gosto bastante de filmes com essa temática e fiquei muito empolgada lendo sua resenha porque esse livro parece ser fantástico.
    Só me incomodei com o fato de ser uma série, não queria começar mais uma, mas pelo visto vale a pena arriscar.
    Quanto a capa preferi a nacional, bem mais bonita.

    Beijos
    Mundo de Papel

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  10. Adorei! Sua resenha me conquistou. Acho que nunca li nenhum livro nesse segmento, mas tenho muito interesse em ler. Deixei anotado aqui. Mudando de assunto, você recebeu meu e-mail com o endereço? Eu mandei duas vezes e voltou, dai acrescentei br no final e foi, chegou ai?

    Blog Prefácio

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