[Resenha] Liberta-me - Tahereh Mafi

Livro: Liberta-me livro #2
Autora: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 448
Classificação: 5/5 (favorito)

Minha Opinião:

Demorei muito tempo para ler Liberta-me, porque não queria ficar sofrendo até lançarem o último livro da trilogia. Assim que lançaram - no ano passado - eu fui correndo ler a continuação de Estilhaça-me, minha distopia favorita.

Sempre que vou ler alguma série fico com um medo terrível de que a autora estrague a história, ou mude a personalidade da mocinha, ou alguma coisa desande, como aconteceu com várias séries que eu amava (Delírio, Ecos da morte, e outras).
Para o meu alívio, Mafi manteve o padrão em sua trilogia, e se ateve as características marcantes de sua protagonista, sem deixar de lado o amadurecimento de Juliette. Me surpreendi com uma sequência que conseguiu ser melhor do que o antecessor.
“... Ele recua, sua testa está apertada contra a minha e seus olhos estão fechados e contraídos quando ele fala: - Como isso é possível - ele diz -, eu estar tão perto assim de você e estar morrendo por você estar tão distante?" Adam
Em Liberta-me acompanhamos a vida de Juliette no Ponto Ômega, comandado por Castle. Preparando-se para uma iminente guerra contra o Restabelecimento - e contra Warner - todos no Ponto Ômega testam suas habilidades até a exaustão.
Juliette no início tem muito da menina assustada e frágil que conhecemos no primeiro livro.Também pudera. Após longos anos sendo privada de qualquer contato humano, não é de se estranhar que ela tenha suas reservas e medos. Contudo, Mafi explora as fragilidades dela de forma inigualável. E não é só isso. Juliette vai amadurecendo, pouco a pouco, de maneira convincente.
"Sou um espetáculo, uma anomalia mesmo entre as anomalias. Eu devia estar acostumada a isso agora, depois de todos esses anos. Eu devia ser mais durona, mais desinteressada, mais indiferente à opinião dos outros. Eu devia ser muitas coisas."
Os capítulos continuam bem dinâmicos, com no máximo 3 páginas, o que torna a leitura ultra rápida. A narrativa de Tahereh continua excêntrica, e repleta de metáforas e palavras riscadas, o que me faz admirar ainda mais sua criatividade e estilo próprio.
Esse jeito de narrar, reflete perfeitamente na forma como Juliette pensa. É como se ela estivesse censurando seus próprios pensamentos. Conforme a história se desenrola, Juliette aprende não só a controlar sua força e poder, como seus próprios pensamentos. Notamos que as palavras riscadas diminuem, conforme a protagonista amadurece e retoma o controle da própria mente e sanidade.
"Esperei tanto para ficar com você - ele começa. - Eu quis isso...Eu quis você por tanto tempo e, agora, depois de tudo... Não consigo dormir. Não consigo dormir e penso em você o tempo...o tempo todo e não posso...Você deve saber...Você tem que saber que eu nunca quis nada como quis você. Nada. por causa disso...disso..Quer dizer, meu Deus, eu quero você, Juliette, eu quero...Eu quero..." Adam
 Liberta-me consegue ser muito mais do que um livro de transição. Tahereh conseguiu unir ação, romance, e um aprofundamento maior dos personagens.
A tensão continua a mesma, talvez até maior por conta de tantos sentimentos conflitantes de Juliette.
O que eu mais gostei foi ver a interação e amizade entre Juliette e Kenji. Gente, Kenji é aquele tipo de garoto que adora fazer piadas em qualquer tempo, e qualquer hora, mas também sabe falar umas verdades na cara. Eu amava os foras que ele dava na Juliette, quando ela queria bancar a menininha desamparada. Quero um Kenji pra ser meu amigo *_*
"Juliette... eu a desejo... eu a desejo inteira. Desejo-a por dentro e por fora e respirando com dificuldade e sofrendo por mim como sofro por você... Nunca foi segredo. Nunca tentei esconder. Nunca fingi querer nada menos" – Warner
O relacionamento entre Adam e Juliette sofre mudanças muito drásticas. Posso dizer que no começo eu até estava envolvida com o romance deles, mas Warner roubou toda a cena, e me conquistou de vez.  Por falar em Adam e Warner, tem uma revelação sobre eles que me deixou desarmada. Inclusive, temos tantas reviravoltas, que é impossível largar o livro sem terminar a leitura.
Adam e Juliette são fofinhos como casal, mas conhecemos um outro lado da personalidade de Warner, que não tem como não suspirar toda vez que ele chama Juliette de amor.

O desfecho é asfixiante. Já finalizei a trilogia, e garanto que o último livro não decepciona.
A diagramação da Novo Conceito segue o mesmo padrão do livro anterior. Só essa capa que fugiu completamente do padrão, e ficou horrível. Porém, a editora fez jackets com as capas novas, bem mais bonitas.
Para quem ama distopia, pode ler sem medo de ser feliz. Recomendo veemente.


6 comentários:

  1. Esse livro nunca me chamou atenção justamente pela capa haha mas eu tb não sou mt fã do gênero >-< mas quem sabe um dia eu dê uma chance...

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  2. Oi, Jacque!
    Tenho vontade de ler essa trilogia, mas infelizmente não passa disso. Minha curiosidade maior fica na narrativa da autora, que me parece fantástica.

    Beijo

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  3. Oi, Jacque!
    Eu não curti tanto esse segundo livro. :/
    Foi decepcionante para mim. Esperava bem mais, sabe? Mas foi uma leitura rápida e que não se tornou, de todo, incômoda.
    Por sorte o desfecho foi maravilhoso. Amei como a autora concluiu a trilogia.
    #TeamWarnerForeverAndAlways
    Abraço!

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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  4. Jacque, estou com tantos livros atrasados que tenho vontade de chorar. E venho aqui e leio essa resenha espetacular e olho lá na estante e vejo "Incendeia-me" me berrando...OMG!
    Pois bem, peguei ele e coloquei por cima da pilha de urgentes, preciso desse desfecho. A leitura de "Libertta-me" foi bem prazerosa pra mim, e sim, fiquei feliz com o desenvolvimento da história e da personalidade de Juliette, ela é incrível. Quanto a Adam, bem ele ficou tão morno na minha opinião que Warner teve toda a minha atenção e amor... meu Warner tudo "di bão"...ùlálá!
    Obrigada pela resenha Jacque, ela me lembrou de terminar de ler a trilogia, que eu também tanto gosto.Beijão!
    Vivi

    http://vivianeblood.blogspot.com.br/2015/01/resenha-outlander-libelula-no-ambar.html

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  5. Oi Jacque

    Achei Liberta-me um pouco decepcionante.Toda aquela agilidade e a trama envolvente que encontrei no primeiro livro, ficou em falta nesse.
    Fiquei tão irritada com Juliette. A garota se transformou num poço de auto-piedade. Só chorava, reclamava e sentia pena de si mesma. Precisou o Kenji falar umas verdade para ela perceber que o mundo não girava em torno do seu umbigo.
    Quanto ao Adam teve muito pouco dele nesse livro, mas senti pena pelo que aconteceu.
    Para mim o livro foi todo do Warner, aquela coisa linda e perigosa.
    Estou dando um tempo para poder ler o último livro, espero que termine bem de verdade.

    Beijos
    http://mundo-de-papel1.blogspot.com.br/

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  6. HSUAHSUASHUHA Eu tenho a Kim falando sobre a Juliette e suas teses sobre a vida da cola; Você com a menina cheia de problemas e reeducação social, afetiva, física, etc e tal; Warner e Adam com quotes deliciosos. O QUE FAZER?
    Não gostei! Agora que eu vendi meus livros, você faz a resenha.. vlw u_u

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