[Resenha] Rebbot - Amy Tintera

Livro: Reboot
Autora: Amy Tintera
Editora: Galera Record
Número de páginas: 347
Classificação: 5/5

Minha Opinião:

Amy Tintera cresceu no Texas e graduou-se em Jornalismo. Para escrever Reboot, seu romance de estreia, inspirou-se em diversas séries de TV, entre elas Dexter, The Walking Dead e Buffy, a caça-vampiros.

Quando solicitei Reboot, imaginei que teria uma distopia com todos os clichês que eu adoro (de verdade), para me deliciar. Mas o aviso de: você estava enganada, piscou logo nas primeiras páginas. Amy passou longe de todos os clichês, e por isso sua obra se destaca no meio de tantas outras do mesmo gênero.


Por conta de um vírus completamente letal, uma grande parte da população do Texas foi dizimada. Porém, a maioria dos humanos retornava da morte, ainda que tivessem alguns de seus sentidos completamente alterados. Os Reboots - como são chamados - voltavam mais fortes, mais rápidos e praticamente invencíveis. O traço de humanidade, variava com o tempo em que cada Reboot ficava morto. Quando mais tempo morto, menos traços de humanidade permaneciam, que é o caso de Wren Connolly, que reinicializou após 178 minutos.
Vivendo nas instalações da CRAH (Corporação de Repovoamento e Avanço Humano), Wren e outros Reboots recebem comida e acomodações, e em troca prestam serviços para os humano.
Viver nas dependências não parece ser um problema para Wren, mas ao conhecer o Reboot 22, Callun, e escolher ser sua treinadora, suas convicções sobre os benefícios da CRAH começam a ruir.

Inteligentemente original, é como eu classificaria a obra. Amy optou por fugir do óbvio na criação de seu enredo, e não fez feio. O conceito dos Reboots, e a forma como eles são classificados soava super interessante.
O cenário de uma Texas devastada, e separada por uma parte rica, e favelas desfavorecidas, foi muito bem montado. As descrições eram bastante visuais.
Eu não poderia estar mais satisfeita com minha leitura, uma vez que para um primeiro livro de uma trilogia, Tintera não cozinha o leitor em banho maria. Não temos apenas uma introdução ao mundo criado, mas sim um aprofundamento sobre como os Reboots surgiram, sem ser evasiva em suas explicações.
"Quanto menos tempo se ficasse morto antes de voltar como um Reboot, mais humanidade ficava retida. Eu fiquei morta por 178 minutos."
O ritmo eletrizante também ajuda. A ação é constante, e as reviravoltas faziam meu coração pular a cada página lida.
Quanto as personagens, a autora fez um bom trabalho em criar personagens empáticos e com personalidades marcantes.
Wren, que começa como uma Reboot fria e sem coração - por conta de ser uma 178 - vai amadurecendo conforme a história avança. E essa mudança é algo convincente e gradual. Se você gosta de protagonistas duronas e independentes, certamente vai vibrar com as atitudes de Wren, e mais ainda com o seu crescimento.
Callun também não deixa a desejar. Suas emoções exacerbadas podem levar alguns a tachá-lo como "mulherzinha", mas seus receios e coração mole combinaram com sua personalidade de um Reboot que ficou morto por apenas 22 minutos.

Para quem não suporta mais triângulos amorosos, aqui vai uma notícia muito boa: o romance é livre de triângulos. E não é só isso. A história não gira em torno do romance, sendo o envolvimento dos dois apenas um complemento, o que foi muito bem vindo.
O ponto mais positivo, foi o fato de Wren não ser a mocinha que precisa ser salva pelo namorado. Muito pelo contrário. Em várias situações é Wren quem salva Callun, e preciso dar crédito a autora por fugir da fórmula: protagonista indefesa.
O romance dos dois é muito bonitinho, sem nada de pieguices e exageros.

O desfecho não é daqueles que deixa muitas perguntas em aberto. A autora conseguiu criar um clímax que não deixasse o leitor tão desesperado pela continuação, mas com um gosto enorme de quero mais.
Quando a parte gráfica, não achei nenhum erro de revisão, e a capa segue o padrão americano, o que eu aprovei totalmente.

Reboot tem tudo o que uma distopia precisa ter: um universo distópico bem estruturado, ação na medida certa e personagens bem desenvolvidos. Leitura obrigatória para os fãs do gênero.

3 comentários:

  1. Oi, Jacque!

    A premissa é incrível, eu adorei, especialmente por surpreender e fugir de todos os clichês prováveis. Além disso, achei bem diferente toda essa história de rebbots e a protagonista é digna de atenção e elogios, já gostei dela antes mesmo de ler o livro, rs. É um alívio saber que não há triângulos amorosos e o romance é secundário. Afinal, o foco é outro.
    Ótima resenha! Quero esse livro para ontem.

    Beijocas.
    http://artesaliteraria.blogspot.com.br

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  2. parece bastante interessante e promissor.
    vou esperar lançar os outros 2 livros da trilogia para assim decidir comprar/ler.

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  3. O Google Friend Connect está com problemas. Aparentemente foi desabilitado, pois o mesmo problema ocorre em todos os blogs.
    Aparece uma caixa em branco. Não aparece mais a opção para seguir os blogs ou quais ou quantos usuários fazem parte do mesmo.

    Viviane Gonçalves
    vsg_caue@hotmail.com

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