[Resenha] Mundo novo - Chris Weitz

Livro: Mundo novo
Autor: Chris Weitz
Editora: Seguinte
Número de páginas: 328
Classificação: 5/5

Minha Opinião:

Chris Weitz formou-se em literatura inglesa pelo Trinity College e trabalha como produtor, roteirista e diretor de cinema. Junto com seu irmão, dirigiu e escreveu o roteiro de Um grande garoto (2002), indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado. Também dirigiu A bússula de ouro (2007) e Crepúsculo: Lua nova (2009). Mundo Novo é seu primeiro romance.

Andava difícil encontrar uma distopia original e empolgante. Isso antes de Mundo Novo.
Lendo essa breve descrição do autor, dá pra entender o motivo do seu primeiro romance ser extraordinário.
Em Mundo Novo, após um misterioso vírus exterminar todos os adultos, crianças e adolescentes precisam se virar para sobreviverem sozinhos.
Misteriosamente, ao completar 18 anos, os adolescentes se tornam vítimas da doença, e morrem. Washington é o líder de um grupo de adolescentes que se instalaram na Washington Square em Nova York. É após a sua morte, que seu irmão Jefferson assume o controle do grupo.
Com a escassez de alimento, Jefferson e seu grupo parte em uma missão perigosa e suicida para encontrar a cura.
“É só que... que depois do Ocorrido, de repente todo mundo estava transando com todos os lugares. Quer dizer, nível proibido para menores, beirando o pornográfico. Quando sua expectativa de vida cai para dezoito anos, você meio que tem um incentivo para viver ao máximo. Fazer as coisas antes que seja muito tarde. Carpe diem. “ (Donna)
Imagine um grupo de adolescentes, sem qualquer regra e lei, tentando sobreviver na grande NY? Mundo Novo traz a narração intercalada em primeira pessoa, de Jefferson e Donna. 
O livro já agrada por conter uma linguagem própria de adolescentes. Isso quer dizer que o uso de palavrões são constantes, e tiradas irônicas e depreciativas são recursos sabiamente utilizados.
Vale destacar que a linguagem e referências culturais são muito atuais, o que faz com que o leitor se identifique imediatamente.
O cenário pós-apocalíptico também não decepciona: áreas devastadas, morte, falta de comida, e um vírus silencioso se alastrando.

A experiência do autor como roteirista, refletiu positivamente na criação das cenas, que são cinematográficas, repletas de ação. Dá pra ler o livro em um fôlego só, pois a trama nunca cai na monotonia.
Weitz consegue dar atenção a todos os personagens. Mesmo que o foco da narração esteja em Jefferson e Donna, o autor faz um grande trabalho ao criar personagens secundários interessantes, e bem caracterizados.
Super me identifiquei com Crânio, que vivia trancado na biblioteca, e tenta a todo custo descobrir a cura do vírus.

O desfecho foi totalmente imprevisível. Estou ansiosa para ver o que Chris reservou para o próximo livro da trilogia.
A capa da Editora Seguinte merece destaque. O laranja em contraste com o preto combinou perfeitamente, e a capa tem um toque aveludado que eu amo.


Um comentário:

  1. Oi jacque
    Eu não imaginava que este era o pano de fundo deste livro, fiquei bem curiosa para saber como termina.
    Também gostei dessa capa e foi ela que fez eu pensar em outra trama, mas gostei.

    Beijos

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