Autora: Alisson Brennan
Editora: Universo dos livros
Número de páginas: 479
Classificação: 4/5
Sinopse: Seis anos atrás, Lucy Kincaid foi atacada e quase morta por um predador que conheceu online. Ela sobreviveu. Seu agressor não. Agora o objetivo de Lucy é juntar-se ao FBI e lutar contra o cyber-crime, mas nesse meio tempo, ela é voluntária em um grupo de direitos das vítimas, navegando na internet disfarçada para enganar e atrair agressores sexuais para as mãos da lei. Mas quando os predadores que ela caça começam a aparecer como vítimas de assassinatos, o FBI tem todo um novo interesse por Lucy. Com seu futuro e possivelmente até sua liberdade em perigo, Lucy descobre que ela é um peão na história de alguém para obter justiça. Ela junta suas forças com o especialista em segurança Sean Rogan e, juntos, eles traçam seu caminho desde salas de chat online até as ruas de Washington, DC. Mas outra pessoa está seguindo-os: um perseguidor tem os olhos em Lucy. O único jeito de ela escapar de sua brutalidade pode ser outra luta até a morte.
Minha opinião:
Este livro pertence a uma série de 4 livros, e eu comprei especialmente pelo título, que me chamou bastante atenção. Eu esperava um maravilhoso livro do gênero policial imprevisível, mas não foi bem o que encontrei.
Posso dizer que tiveram momentos em que curti bastante a leitura (por conta do romance) e outros que fiquei entediada pela falta de mistério, e ainda mais pelo final, que foi óbvio demais.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que nesta história foi totalmente necessário, por conta do número de personagens. O assassino também tem seu ponto de vista narrado em primeira pessoa, o que tornou a leitura mais dinâmica e interessante.
Aos 18 anos Lucy Kincaid conhece pela internet um homem com quem marca um encontro. Só que neste primeiro encontro, ela é atacada e estuprada brutalmente pelo maníaco.
Lucy consegue sobreviver, e após 6 anos do ataque, ela trabalha como voluntária no PMC (Prioridade para Mulheres e Crianças) e aguarda sua carta de aprovação para entrar no FBI. O trabalho de Lucy, é atrair os predadores que estão em condicional, nas salas de bate-papo monitoradas pelo PMC, e fazer com que os maníacos sexuais sejam pegos e presos.
Mas algo estranho acontece, quando vários maníacos que Lucy ajudou a localizar, aparecem mortos, inclusive o homem que a atacou e destruiu sua vida. Uma nova ameaça surge, quando Lucy sente que está sendo observada: um maníaco esta à espreita, sem que ela desconfie de sua identidade.
Lucy conhece Sean Rogan, que trabalha com o irmão dela Patrick, na empresa Rogan-Caruso-Kincaid (RCK), e mesmo com receio de se envolver com alguém, eles começam um relacionamento, e Sean se mostra super protetor em relação a Lucy e faz de tudo para ajudá-la a encontrar o assassino de seu algoz.
Até a página 200 o mistério da trama estava interessante, mas depois tudo ficou óbvio demais. O suspense que eu pensei que seria o ponto alto do livro, não fluiu. Em alguns momentos eu achei a escrita de Allison, e a temática do livro, bem parecidos com a de Stieg Larson no primeiro livro da trilogia Millennium: Os homens que não amavam as mulheres. Mas diferente de Stieg, Alisson não soube trabalhar bem a questão do suspense, e o final ficou evidente nos primeiros capítulos.
Em determinados momentos, a narrativa se torna cansativa por soar repetitiva em muitas vezes.
O ponto alto do livro, fica por conta do romance entre Lucy e Sean, apesar de achar o romance dos dois um pouco "forçado", me agradou muito o instinto protetor do Sean, e o seu jeitão: pode contar comigo.
O livro tem uma super cena hot, e acho que a autora leva jeito para o gênero, porque com o suspense ficou devendo e muito.
Lucy apesar de ser uma vítima, é uma personagem forte, corajosa e decidida, e me lembrou a Lisbeth de Stieg (sem os piercings e tattoos característicos).
"- Eu não teria lhe enviado rosas vermelhas. (...)Eu teria lhe mandado margaridas multicoloridas, dúzias delas em amarelo, branco, azul, violeta e rosa e todas as outras cores disponíveis.
- Por que margaridas? – Ela sussurrou.
- Porque elas a fariam sorrir, depois rir, e você voltaria a sorrir todas as vezes que as olhasse. Toda vez que visse uma margarida, você pensaria em mim. Porque ninguém mais lhe mandaria um buquê de flores tão excêntrico." (pág.228)
A revisão do livro deixou a desejar. Existem vários erros como a falta de espaço entra as palavras, que atrapalham bastante. No final do livro, possui uma degustação do próximo livro Kiss Me, Kill Me.
Apesar da falta de suspense, foi uma leitura agradável, e espero que o próximo livro tenha mais ação e mistérios.